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Estoques da Cyrela e da Eztec já estão a níveis adequados para o cenário atual; XP recomenda compra

17 dez 2019, 11:32 - atualizado em 17 dez 2019, 11:37
Construção Civil
Em relatório enviado a clientes, a corretora mostra uma visão positiva não só para as incorporadoras como também para o setor nos próximos anos (Imagem: Pixabay)

A XP Investimentos iniciou a cobertura das ações da Cyrela (CYRE3) e da EzTec (EZTC3), ambas com recomendação de compra e preços-alvo, respectivos, de R$ 35,40 e R$ 59,50 por cada ação. Em relatório enviado a clientes, a corretora mostra uma visão positiva não só para a companhia como também para o setor nos próximos anos.

No caso da Cyrela, o documento assinado pelo analista Renan Manada, aponta para uma visão favorável de crescimento, geração de caixa, baixa alavancagem e exposição aos segmentos e regiões que vem mostrando sinais mais fortes de recuperação (média e alta renda em São Paulo), permitindo a empresa a reportar melhora em sua rentabilidade e distribuição de dividendos robustos nos próximos anos.

Já a EZTec deve continuar o forte ritmo de crescimento no curto prazo, com projetos concentrados nas cidades próximas à região metropolitana de São Paulo e na capital paulista. Parte desse crescimento deve ser suportado pela sua sólida estrutura de capital, reforçada pelo aumento de capital recente de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Para o médio prazo, os analistas acreditam que a companhia voltará a desenvolver projetos de grande porte no segmento de média renda, além do desenvolvimento de lajes corporativas para venda (como o projeto Esther Towers, atualmente em construção). Isso deve permitir a companhia a retornar a ROEs acima de 20% a partir de 2022.

Setor

Na visão da XP, apesar do setor acumular forte valorização das ações do segmento desde as eleições (aproximadamente +110% desde outubro de 2018), ele ainda possui potencial atrativo para continuar a performar no curto prazo, com base na recuperação da atividade econômica e queda nas taxas de desemprego, trazendo maior estabilidade financeira para as famílias e maior renda; queda na taxa Selic, com os grandes bancos do país diminuído os juros imobiliários.

Outro ponto positivo é que, após a crise recente, as incorporadoras reduziram consideravelmente o volume de lançamentos nos últimos anos.

A oferta controlada, somada a recuperação da demanda, levaram os estoques das incorporadoras a níveis já adequados ao cenário atual. A corretora destaca ainda que a nova lei dos distratos somada ao restrito Plano Diretor de São Paulo deve resultar numa oferta mais controlada de novos projetos e minimizar o possível impacto de uma eventual futura onda de distratos no setor.

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