Economia

Estoque de crédito no Brasil sobe 1,4% em outubro, diz Banco Central

27 nov 2020, 9:45 - atualizado em 27 nov 2020, 10:13
No mês, a inadimplência no segmento de recursos livres caiu a 3,1%, ante 3,2% no mês anterior (Imagem: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

O estoque total de crédito no Brasil subiu 1,4% em outubro sobre setembro, a 3,872 trilhões de reais, passando a 53,4% do Produto Interno Bruto (PIB), divulgou o Banco Central nesta sexta-feira, num resultado que levou o acumulado do ano a mostrar ainda mais fôlego.

No mês, o crescimento foi mais guiado pelo crédito às famílias, com alta de 1,7%, do que entre empresas, com avanço de 1%.

Entre janeiro a outubro, o crescimento do crédito geral no país foi de 11,3% e em 12 meses de 14,5%, acelerando em relação ao acumulado nos 12 meses até setembro, de 13,4%.

Segundo o BC, o movimento foi resultado de expansões verificadas, também na base de 12 meses, nos créditos às empresas (de 18,9% para 21,1%) e às famílias (de 9,4% para 9,8%).

A projeção mais recente do BC, feita em setembro, era de alta mais modesta no crédito geral em 2020, de 11,5%, principalmente pela demanda das empresas em meio à pandemia de coronavírus, atendida tanto pela expansão do crédito livre como pelo crédito direcionado.

À época, o BC havia previsto que o crédito às empresas saltaria 16,5% neste ano, enquanto o saldo de financiamento às famílias subiria 7,8%.

Segundo o BC, o movimento foi resultado de expansões verificadas, também na base de 12 meses, nos créditos às empresas (de 18,9% para 21,1%) e às famílias (de 9,4% para 9,8%) (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

Em relação ao custo dos financiamentos no país, os juros médios subiram a 26,5% ao ano em outubro, contra 25,8% no mês anterior, dado que considera apenas o segmento de recursos livres, no qual as taxas são definidas livremente pelas instituições financeiras.

O spread, que mede a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada a seus clientes, avançou 0,3 ponto na mesma base de comparação, a 21,5 pontos percentuais.

Isso ocorreu a despeito da inadimplência ter renovado sua mínima histórica a 3,1% ao ano, ante patamar de 3,2% registrado em setembro.