Banco Central

Estoque de crédito no Brasil avança 1,1% em novembro, diz BC

27 dez 2019, 10:24 - atualizado em 27 dez 2019, 10:27
Real Dinheiro
No mês, a inadimplência no segmento de recursos livres caiu a 3,8%, ante 3,9% em outubro (Imagem: REUTERS/Bruno Domingos)

O estoque total de crédito no Brasil subiu 1,1% em novembro sobre outubro, a 3,410 trilhões de reais, no quarto mês consecutivo de alta, embalado pelo apetite das empresas em mês de promoções da Black Friday.

Com isso, o saldo geral de financiamentos no país passou a 47,3% do Produto Interno Bruto (PIB), divulgou o Banco Central nesta sexta-feira.

Contrariando tendência verificada ao longo do ano, em novembro a expansão do crédito foi mais forte na comparação com outubro entre empresas (+1,4%) do que entre pessoas físicas (+0,9%).

No acumulado de janeiro a novembro, o estoque geral de crédito no país cresceu 4,7%, com retração de 1,7% para empresas e alta de 9,9% para famílias.

No acumulado em 12 meses, o aumento do crédito no Brasil foi de 6,3%. Para 2019, o BC espera que vá haver um crescimento de 6,9% no estoque total de crédito, conforme estimativa divulgada mais cedo neste mês, mais alta que o percentual de 5,7% projetado em setembro.

Em relação ao custo dos financiamentos no país, os juros médios tiveram alta em novembro, a 36,2% ao ano, contra 35,9% no mês anterior, dado que considera apenas o segmento de recursos livres, no qual as taxas são definidas livremente pelas instituições financeiras.

O spread, que mede a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada a seus clientes, também subiu no mesmo período, a 30,7 pontos percentuais, contra 30,3 pontos em outubro.

Houve encarecimento nas condições de crédito apesar de a inadimplência no mesmo segmento ter caído a 3,8%, contra 3,9% no mês anterior.

Olhando para as modalidades mais caras, os juros do cheque especial subiram em novembro a 306,6% ao ano, contra 305,9% em outubro.

No fim de novembro, o governo estabeleceu um limite para os juros do produto de 8% ao mês — cerca de 150% ao ano, metade do que é praticado hoje.

Em compensação, também passou a permitir que as instituições financeiras cobrem tarifa pela disponibilização de limite de cheque especial, sendo vedada a cobrança para limites de crédito de até 500 reais.

A limitação dos juros trazida em regulação entrará em vigor em 6 de janeiro de 2020. Para os contratos em vigor, a incidência de tarifa só será permitida a partir de 1º de junho de 2020, caso não venham a ser repactuados antes.

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