Estímulos do Fed vão acabar mais rápido do que o previsto, aponta Goldman Sachs
Economistas do Goldman Sachs acreditam que o Federal Reserve vai apertar a política monetária mais rápido do que o previsto no ano que vem em meio às crescentes pressões inflacionárias.
O banco central dos EUA deve dobrar o ritmo de redução do amplo programa de compra de ativos, para US$ 30 bilhões por mês a partir de janeiro, e começar a subir os juros, agora em quase zero, em junho, disseram economistas liderados por Jan Hatzius em relatório para clientes na quinta-feira.
Depois disso, o Goldman prevê que o Fed aumentará os juros em setembro e dezembro, bem como duas vezes em 2023, segundo economistas do banco, que antes esperavam que a taxa básica fosse elevada em julho e novembro.
No novo cenário do Goldman, o Fed encerrará o programa de compra de ativos em meados de março. Há uma “possibilidade realista” de o Fed começar a elevar os juros em maio, seguido por aumentos em julho e novembro, disseram.
O vice-presidente do Fed, Rich Clarida, e a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, disseram nos últimos dias que estão abertos para uma redução mais rápida do estímulo. Dados divulgados esta semana mostraram fortes gastos dos consumidores, mercado de trabalho apertado e a inflação mais rápida em três décadas.
“A maior abertura para acelerar o ritmo de redução provavelmente reflete uma inflação um pouco mais alta do que a esperada nos últimos dois meses e maior conforto entre autoridades do Fed de que um ritmo mais rápido não causaria um choque os mercados financeiros”, escreveram Hatzius e equipe no relatório.