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Estímulo à importação enfraquece indústria nacional e afasta investidor, diz Unem

22 mar 2022, 10:39 - atualizado em 22 mar 2022, 10:59
Milho Grãos
A entidade afirma esperar crescimento na oferta brasileira de biocombustível a partir do segundo trimestre (Imagem: Pixabay/chapkitt )

A União Nacional do Etanol de Milho (Unem) informou em nota que a retirada da alíquota para importação do biocombustível causa “extrema preocupação”.

“A entidade acredita que a medida poderá gerar efeitos adversos e indesejados num momento de instabilidade do mercado, tais como a insegurança jurídica, aumento de custo para indústria nacional, inibição da geração de emprego e o processo de desinvestimento”, afirma o comunicado.

Para a Unem, o ideal seria incentivar a produção de combustíveis mais limpos e de matriz energética renovável. “A Unem reconhece os esforços do Governo Federal para a contenção da inflação dos preços dos combustíveis, mas defende o diálogo com todos os agentes da cadeia produtiva para encontrar soluções efetivas não somente para os produtores, mas para toda a população”, diz a nota.

A entidade afirma esperar crescimento na oferta brasileira de biocombustível a partir do segundo trimestre, com a entrada da safra de cana-de-açúcar do Centro-Sul e a de milho de segunda safra. Além disso, o comunicado lembra que os investimentos anunciados para novas usinas e expansão das já existentes superam os R$ 6 bilhões.

“A produção de etanol de milho saiu de uma produção de 37 milhões de litros na safra de 2013/2014 com projeção de 4,2 bilhões de litros na safra 2022/2023″, diz a nota. “A expectativa é atingir a produção de 10 bilhões de litros em 2030/2031.”

A entidade diz ainda que contribui com insumos para proteína animal e com o setor de reflorestamento para a produção de biomassa.

A Unem encerra afirmando que a medida proposta não deve ter resultado efetivo, e que o ideal seria desonerar e estimular a produção nacional.

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