AgroTimes

Estiagem/RS: perda atinge quase 60% das lavouras de milho sequeiro e 24% na soja

05 jan 2022, 10:48 - atualizado em 05 jan 2022, 10:48
Milho Grãos
A produção gaúcha de milho sequeiro alcança uma perda de 59,2%, até o momento, enquanto no milho irrigado a redução é de 13,5% (Imagem: Pixabay/chapkitt )

A estiagem no Rio Grande do Sul deve provocar perdas irreversíveis na lavoura de soja e de milho da safra 2021/22.

A produção gaúcha de milho sequeiro alcança uma perda de 59,2%, até o momento, enquanto no milho irrigado a redução é de 13,5%.

Nas plantações de soja, a perspectiva atual é de quebra de 24%, mesmo ainda com a semeadura em andamento, atingindo até agora 93% do total no Estado.

Os dados são da Rede Técnica Cooperativa (RTC) e foram apresentados nesta quarta-feira (5) pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS).

O presidente da federação, Paulo Pires, disse em nota que a chuva desta semana amenizou a situação das lavouras, mas os prejuízos são irreversíveis para os produtores. “Este era o momento em que o produtor deveria se capitalizar, inclusive com preços que estão ajudando, mas os custos de produção já serão muito altos e iniciamos 2022 de forma melancólica.

Nas plantações de soja, a perspectiva atual é de quebra de 24%, mesmo ainda com a semeadura em andamento, atingindo até agora 93% do total no Estado (Imagem: Pixabay/jcesar2015)

Já existe uma mobilização das entidades para que tenhamos ações dos governos federal e estadual no sentido de socorrer este produtor que vinha garantindo essa economia e agora o terá que criar mecanismos para vencer este momento de dificuldade”, salientou.

Pires ressaltou que é importante que os municípios publiquem os decretos de emergência neste momento. “Em 2020, produtores de 200 municípios não conseguiram acessar o socorro do governo federal porque não tinham o decreto de emergência. É importante que os prefeitos agora se dediquem a isto”, observou.

As lideranças rurais do Estado já solicitaram medidas, como a prorrogação de dívidas financeiras dos produtores, principalmente as que vencem no primeiro semestre, além de uma política clara de armazenagem de água.