Estes dois fatores podem frear o Ibovespa no curto prazo, segundo gestora
O Ibovespa (IBOV) ganha impulso nesta quinta-feira (13), na esteira de Wall Street e de um pregão positivo para ações de commodities – em especial mineradoras e siderúrgicas, que avançam pelo terceiro dia seguido.
Perto das 12h10, o índice, que é referência para a Bolsa brasileira, subia 1,55%, a 119.486,48 pontos.
Em carta mensal, a gestora Franklin Templeton cita o sentimento otimista que se instaurou no mercado local nos últimos meses, em meio ao andamento do arcabouço fiscal e da reforma tributária no Congresso.
Segundo a Franklin Templeton, a implantação de “um mínimo controle fiscal”, esclarecimentos em relação à proposta da reforma tributária e definições quanto aos setores regulados foram “fundamentais para eliminar (ou postergar) os riscos de cauda”, levando a uma melhora na Bolsa.
“Depois de um início de ano marcado por muitas incertezas, aos poucos o Brasil começa a se beneficiar daquela conjuntura favorável tão aguardada pelos mais diversos estrategistas”, afirmam Frederico Sampaio, CIO de renda variável da Franklin Templeton no Brasil, e Eduardo Bopp, vice-presidente e gestor de portfólio de renda variável da Franklin Templeton do Brasil.
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A gestora avalia que, mesmo com a rali recente do mercado, as ações brasileiras têm espaço para seguir a trajetória de alta. Sampaio e Bopp destacam que o Ibovespa segue negociando abaixo da média histórica, com o múltiplo atual ao redor de 8 vezes o lucro projetado para os próximos 12 meses, antes estimativa de aproximadamente 11,5 vezes.
Apesar disso, a gestora levanta dois fatores que podem frear o ritmo de recuperação do índice no curto prazo. Primeiro, os resultados corporativos do segundo trimestre do ano devem refletir um cenário ainda desafiador e de baixo crescimento.
Além disso, a grande quantidade de ofertas de follow-on (ofertas subsequentes de ações) no mercado dentro de um curto espaço de tempo pode, ao menos momentaneamente, limitar o ritmo de recuperação das cotações.
Porém, a Franklin Templeton reforça que a leitura para o Ibovespa é majoritariamente positiva.
“Na medida em que continuarmos avançando nos fundamentos micro e macroeconômicos, porém, o natural é que os fundamentos de longo prazo prevaleçam sobre dinâmicas de curto prazo”, conclui.