Este fundo está pronto para aproveitar o novo ciclo imobiliário, aponta Itaú BBA
Os fundos imobiliários possuem diversos ativos em portfólio, capazes de prover renda a seus cotistas através do pagamento de aluguéis.
Diante da retomada econômica brasileira e da expectativa de restrição de oferta de imóveis no médio prazo, os novos contratos de locação devem ser mais favoráveis aos proprietários.
Com este pensamento em mente, o Itaú BBA recomendou comprar o fundo imobiliário CSHG Real Estate (HGRE11), com preço-alvo de R$ 238,00 para o final de 2020.
Aproximadamente 30% dos contratos serão revistos em 2020 e cerca de 41% deverão ser renegociados em 2021, favorecendo o reajuste para cima dos aluguéis.
Retorno total
Caso as projeções da equipe de análise liderada por Larissa Nappo se materializem, o fundo imobiliário deverá subir 13,7% – de acordo com o último fechamento.
Somado a projeção de dividend yield (expectativa de pagamento de proventos sobre cotação do ativo) de 4,7% para 2020, o retorno total pode ser de até 18,4%.
“Com a diminuição na entrega de novos estoques na cidade de São Paulo, vemos um cenário positivo no curto a médio prazo”, avalia Nappo.
Taxa de capitalização
Para o Itaú BBA, existem catalisadores para o CSHG Real Estate, especificamente os seguintes: a renovação dos contratos a “cap rates” atrativos; desinvestimento de ativos não-estratégicos e aceleração na demanda por escritórios.
Cabe destacar que a “capitilization rate” de um ativo é calculada pela expectativa de capacidade de geração de lucro do imóvel sobre o valor patrimonial do mesmo.
Como exemplo, um imóvel com valor patrimonial de R$ 1 bilhão e expectativa de geração de lucro de R$ 10 milhões possui “cap rate” de 1%.
Riscos
Existem alguns riscos para o investimento no CSHG Real Estate, como rescisões não esperadas de atuais inquilinos.
A baixa exposição a ativos “triplo A”, nível mais alto na escala de medição de qualidade dos imóveis, também aparece como fator de risco.
Além destes pontos, a dificuldade na redução da taxa de vacância de ativos específicos (Cenesp, Edifício Transatlântico, Edifício Verbo Divino, Centro Empresarial Cidade Nova e Edifício Guaíba) completa a lista de riscos para o Itaú BBA.