Este banco pode disparar 40% na Bolsa, avalia BofA, em início de cobertura
O Banco Pan (BPAN4) está bem posicionado para entregar mais crescimento e rentabilidade e pode ver sua ação disparar, defende o Bank of America, em relatório de início de cobertura divulgado nesta quarta-feira (11).
A instituição norte-americana iniciou a cobertura do nome com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 11, o que implica um potencial de valorização expressivo de aproximadamente 40%.
Analistas do BofA destacam que o Pan passou recentemente por uma mudança significativa em sua estratégia, combinando suas habilidades comprovadas de subscrição de crédito e um marketplace sofisticado e transformando-os em uma plataforma digital.
Atualmente negociando a 8,3 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2024, o Pan tem prêmio em relação a bancos incumbentes, com múltiplo de 6,1 vezes. O BofA defende que esse prêmio é justificado, dado o perfil de crescimento mais elevado do banco digital.
Em relação a outros bancos digitais, o Pan é negociado com um desconto que, na opinião do time de análise, é excessivo.
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Melhorias operacionais
O Pan tem muitas saídas para dar um impulso nos resultados. Sob a nova estratégia, a companhia procura expandir sua base de clientes (majoritariamente de classes de alta renda), tranformando-se na conta bancária principal deles. Para isso, o Pan tem impulsionado vendas cruzadas e diminuído custos de financiamento.
Além disso, a instituição está realizando esforços para melhorar a originação no segmento B2C (Business to Consumer), diminuindo comissões pagas para corretores de empréstimos.
Ainda, as recentes aquisições (Mobiauto e Mosaico) são peças-chave para que o Pan consiga melhorar suas receitas. Como exemplo, o BofA destaca que a Mobiauto permitiu o Pan melhorar o negócio de crédito do segmento auto para consumidores e fornecedores.
“Por meio de aquisições recentes, o Pan criou novas fontes de receita que foram importantes para impulsionar o crescimento de receitas de tarifas e diversificar sua repartição, tornando-se menos correlacionado a atividade de originação de crédito”, afirma.
O BofA projeta melhora no ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), a 17,6% em 2026, de 11,5% em 2022.