Este banco está cauteloso com Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e mais; veja a ação que é ‘compra’, segundo analistas
O Goldman Sachs segue com postura de cautela para a maioria das ações do setor de mineração e siderurgia. Na avaliação do banco, o risco de downside (queda) prevalece, com expectativa de queda de mais 15% do aço laminado a quente até o fim do ano, apesar da correção de mais de 30% dos preços da liga metálica desde seu pico, em junho de 2021.
Analistas destacam que os pedidos seguem fracos, enquanto os estoques estão relativamente elevados e o apetite para investir em capital de giro caiu.
“Esperamos que os preços mais fracos sejam parcialmente compensados pela queda de custos, principalmente relacionados a minério de ferro e matérias-primas”, afirmam Marcio Farid, Gabriel Simoes e Henrique Marques, em relatório publicado na última sexta-feira (26).
Dessa forma, o Goldman Sachs mantém recomendação de “venda” para as ações da CSN (CSNA3) e de sua controlada CSN Mineração (CMIN3), devido a uma combinação de capex (investimentos) crescente, queda de resultados e alavancagem elevada em meio a um ambiente de juros elevados.
Em relação aos ADRs (American Depositary Receipts) da Vale (VALE) e às ações da Gerdau (GGBR4), a recomendação é “neutro”. Sobre a empresa siderúrgica, o banco cita catalisadores limitados para um re-rating no curto prazo.
A Usiminas (USIM5) é a única ação brasileira com recomendação de “compra” pela instituição, com novo preço-alvo por ação de R$ 9,80, por conta do valuation.
Para 2023, o Goldman Sachs antecipa uma demanda de aço estável ano a ano, considerando dados de atividade de construção decepcionantes e uma potencial recuperação mais fraca da produção do setor automotivo, com anúncios de paradas por parte de montadoras.
O Goldman Sachs também estima uma temporada fraca para companhias com exposição ao minério de ferro (CSN e CSN Mineração) no segundo trimestre do ano em função de preços menores.