Estatal saudita Maaden quer se tornar 2ª maior em fertilizante fosfatado
A Saudi Arabian Mining está de olho em aquisições em meio aos baixos preços das commodities e busca crescer com US$ 2 bilhões em projetos de ouro e fosfato.
A companhia estatal, conhecida como Maaden, avalia acordos de fertilizantes e cobre e deseja se tornar a segunda maior exportadora mundial de fertilizantes fosfatados nos próximos cinco anos, disse o CEO Darren Davis em entrevista à Bloomberg TV na quinta-feira.
“O cobre é um ótimo metal para o futuro”, disse. “Não estamos sozinhos pensando nisso. Portanto, estamos analisando várias oportunidades em cobre globalmente. ”Em fertilizantes, a Maaden quer desenvolver canais de distribuição em todo o mundo para chegar aos mercados com eficiência”, afirmou.
A maioria dos metais básicos sente o impacto da desaceleração global do setor de manufatura, o que pode resultar no crescimento econômico mais fraco em uma década.
Os preços do cobre acumulam queda de 12% nos últimos seis meses, sob o peso do desaquecimento da economia e da guerra comercial persistente, que afetam as perspectivas para o metal usado no setor de construção e fabricação de automóveis.
A Arábia Saudita planeja gastar mais de US$ 7,4 bilhões em exploração de metais e minerais até 2035, parte de um plano de gastos em infraestrutura de US$ 426 bilhões que, em parte, procura explorar o que poderia representar US$ 1,3 trilhão em recursos. No entanto, mineradoras de todo o mundo entram em “território desconhecido”, com baixo endividamento, menor investimento e altos retornos em um cenário de demanda fraca, disse o Goldman Sachs no início do mês.
“Estamos avançando com crescimento”, disse Davis. “Temos US$ 2 bilhões em projetos em construção em nosso negócio de ouro e fosfato”. A Maaden quer mais que dobrar a produção de ouro em cinco anos, disse Davis em entrevista em abril.