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Estas duas empresas se livram de um problema com nova regra para JCP, segundo banco

15 dez 2023, 16:03 - atualizado em 15 dez 2023, 16:03
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Câmara aprova medida provisória que regulamenta subvenções; dentro da proposta, constam regras mais frouxas para os JCP (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Duas empresas do setor de bens de capital, as mais expostas à mudança de cálculo dos juros sobre o capital próprio (JCP), se livram de um problema após alterações na proposta que flexibiliza o mecanismo.

Nesta sexta-feira (15), a Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória que regulamenta subvenções após alterações que flexibilizam a proposta original do governo. Dentro da proposta, constam regras mais frouxas para os JCP.

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O texto aprovado não extingue os JCP, mas coloca algumas restrições ao mecanismo. Por exemplo, a base de cálculo do benefício apenas poderá considerar o capital efetivamente aplicado na companhia, o que limita a possibilidade de que empresas inflem o patrimônio líquido para aumentar o pagamento dos proventos.

Segundo o Bradesco BBI, a nova regra de cálculo do JCP “diminui materialmente” o impacto nos resultados e no valuation se comparada com a eliminação total do benefício fiscal.

“Neste novo cenário, a Iochpe-Maxion (MYPK3) e a Randon (RAPT4) são as ações mais expostas a essa mudança, mas o impacto no valuation parece imaterial, representando 4% e 3% do nosso preço-alvo, respectivamente”, afirmam Victor Mizusaki, do BBI, e José Cataldo, Ricardo França e Renato Chanes, em relatório divulgado hoje.

O BBI tem recomendação de compra para Randon, com preço-alvo de R$ 15. No caso da Iochpe-Maxion, a recomendação é neutra, também com preço-alvo de R$ 15.

Do setor de transportes e bens de capital, a Randon, junto com Embraer (EMBR3), Ecorodovias (ECOR3) e Santos Brasil (STBP3) são os nomes preferenciais da casa.

*Com informações da Reuters.