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‘Vivemos pico de gargalo em contêineres nos portos’, afirma CEO da SLC Agrícola (SLCE3)

28 jan 2025, 17:40 - atualizado em 28 jan 2025, 18:35
SLC Agrícola SLCE3 (1)
(Foto: Pasquale Augusto/Money Times)

O CEO da SLC Agricola (SLCE3), Aurélio Pavinato, afirmou nesta terça-feira (28) que apesar dos avanços quanto aos gargalos logísticos nos portos brasileiros, o Brasil vive um pico do gargalo de contêineres.

“Atualmente, não temos praticamente gargalos na parte de grãos nos portos brasileiros. Com todo o Corredor Norte que foi desenvolvido, pelo incremento na capacidade nos portos do Sudeste e do Nordeste“, disse. Segundo Pavinato, o problema nos contêineres atinge produtos como açúcar, algodão e café.

O comentário ocorreu durante o painel “Brazilian Agriculture: A Global player in a Connected World”, que também contou com a participação do CFO da Minerva Foods (BEEF3), Edison Ticle, e Erasmo Battistella, CEO da Be8, no primeiro dia do Latin America Investment Conference (LAIC), evento do UBS.

“Dobramos a produção de algodão nos últimos três anos, então enfrentamos um gargalo de contêineres nos portos. Precisamos de investimentos em capacidade. Historicamente, o Brasil não trabalha com um planejamento estratégico de infraestrutura. Primeiro vem a produção, aparece o gargalo e depois vêm os investimentos. A ordem dos fatores é invertida”.

Para 2025, segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil vai colher uma safra próxima de 322 milhões de toneladas de grãos. Na visão do CEO da SLC Agrícola, isso deve gerar gargalos. Mas isso não é novidade, já que o Brasil registrou produção recorde em 2023.

“O gargalo de 2025 não vai ser pior do que foi em 2023, já que escoamos a produção com um consumo doméstico menor. Nesses últimos 3 anos, vimos o consumo doméstico do milho crescer bastante, puxado pelas carnes e biocombustíveis. Esse ano vamos consumir 21 milhões de toneladas de milho no mercado interno. Os gargalos logísticos existem, mas não limitam nossas exportações. Só poderíamos ter margens melhores”, diz Pavinato.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.