Internacional

Estados da ONU concordam com US$ 6 bi para missões de paz e evitam paralisação

29 jun 2021, 19:47 - atualizado em 29 jun 2021, 19:47
Missão da ONU no Líbano
Para as futuras negociações, devemos às mulheres e homens no campo, que conduzem mandatos de paz, terminar nosso trabalho no tempo certo (Imagem: REUTERS/Ali Hashisho)

Países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovaram nesta terça-feira o orçamento de cerca de 6 bilhões de dólares para as 12 missões de paz da entidade no próximo ano, anunciaram diplomatas, evitando por pouco uma potencial suspensão das operações.

O comitê orçamentário da Assembleia-Geral da ONU, de 193 membros, aprovou o orçamento de missões de paz para o ano até 30 de junho de 2022.

Ele será adotado formalmente pela Assembleia na quarta-feira.

Importantes autoridades da ONU disseram na segunda-feira que as missões de paz da ONU – a maioria delas na África e no Oriente Médio – receberam orientações para elaborar planos de contingência no caso da adoção de um novo orçamento até o dia 30 de junho.

Alguns diplomatas afirmaram que questões como mudanças nos procedimentos de negociação, problemas logísticos e discursos duros colocando a China contra países ocidentais ameaçaram um atraso nas negociações.

“Nossa inabilidade crônica em respeitar prazos coloca a arquitetura inteira das missões de paz em um risco sem precedentes”, afirmou o diplomata da União Europeia Thibault Camelli ao comitê de orçamento na terça-feira.

“Para as futuras negociações, devemos às mulheres e homens no campo, que conduzem mandatos de paz, terminar nosso trabalho no tempo certo.”

Catherine Pollard, diretora de Estratégia, Política e Compliance da ONU, disse a jornalistas na segunda-feira que se o prazo de 30 de junho não fosse cumprido, o secretário-geral António Guterres poderia usar o dinheiro apenas para salvaguardar ativos da ONU e para garantir a proteção de equipes e de mantenedores da paz.

Os Estados Unidos são o maior colaborador do orçamento de missões de paz, responsáveis por cerca de 28%, seguidos pela China com 15,2% e Japão com 8,5%.

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