ICMS

Estados aumentam ICMS para 2023 e 2024 para se protegerem da reforma tributária; enteda

16 out 2023, 16:04 - atualizado em 16 out 2023, 16:04
estados aumentam ICMS
ICMS sobe até 3 p.p em alguns estados do Brasil, em 2023. (Imagem: Getty Images Pro)

A alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi elevada em dezesseis estados e o Distrito Federal para os anos de 2023 e 2024. Isso é o que aponta o levantamento do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz).

As taxas mais altas já irão começar a valer a partir deste ano e alguns estados devem estender os acréscimos até 2024. Isso porque os governos projetam uma compensação em reação às medidas adotadas pelo governo de Jair Bolsonaro, em 2022, que visava conter o preço dos combustíveis, limitando o ICMS sobre a gasolina e diesel.

Doze dos dezesseis, irão aumentar a alíquota já esse ano com um acrescimento de até 3 pontos percentuais. Já em 2024, serão seus estados, podendo chegar o aumento a 3,5 pontos percentuais. O local com o maior aumento de alíquota em 2023 é o Piauí e em 2023, Rondônia.

Confira a tabela do ICMS

UF ICMS padrão 2022 ICMS padrão 2023 ICMS padrão 2024
AC 17% 19% 19%
AL 17% 19% 19%
AM 18% 20% 20%
AP 18% 18% 18%
BA 18% 19% 19%
CE 18% 18% 20%
DF 18% 18% 20%
ES 17% 17% 17%
GO 17% 17% 17%
MA 18% 20% 20%
MG 18% 18% 18%
MS 17% 17% 17%
MT 17% 17% 17%
PA 17% 19% 19%
PB 18% 18% 20%
PE 18% 18% 21%
PI 18% 21% 21%
PR 18% 19% 19%
RJ 18% 18% 18%
RN 18% 20% 18%
RO 17,50% 17,50% 21%
RR 18% 20% 20%
RS 17% 17% 17%
SC 17% 17% 17%
SE 18% 19% 19%
SP 18% 18% 18%
TO 18% 20% 20%

A alta na taxa também está relacionada com a reforma tributária, que ainda não foi aprovada, já que desta forma, os estados garantem um maior percentual na base de divisão de recursos entre o sistema de tributação atual com o novo que está sendo proposto.

Reforma Tributária

Aprovado na Câmara dos Deputados, o texto da Reforma Tributária não agradou parte dos setores econômicos, que terão aumento de impostos.

A proposta do secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, visa simplificar o sistema tributário. A mudança também promete acabar com a cumulatividade de impostos, ou seja, a cobrança duplicada de impostos em uma mesma cadeia produtiva.

O plano é unificar cinco impostos – no caso, são o Pis, Cofins, IPI, ICMS e ISS – em um único modelo chamado de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual.

Basicamente, os impostos federais (Pis, Cofins e IPI) serão agregados no Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Já os impostos estaduais e municipais (ICMS e ISS) serão unificados no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

No entanto, além da alíquota única, também estão previstas isenções e uma alíquota reduzida para alguns bens e serviços, como medicamentos, serviços de educação e saúde, transporte público e produtos agropecuários.

Já bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente podem receber um imposto seletivo. O “imposto do pecado”, como vem sendo chamado, seria usado pelo governo para desincentivar o consumo de produtos como cigarros, bebidas alcoólicas ou refrigerantes.

*Com Juliana Américo

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