Internacional

Estado alemão vota em último teste antes de eleições nacionais

06 jun 2021, 14:02 - atualizado em 06 jun 2021, 14:02
Armin Laschet
As pesquisas antes da eleição estadual mostram uma pequena liderança do Partido Democrata Cristão (CDU) de Armin Laschet e Angela Merkel, mas o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) estava apenas um ponto percentual atrás (Imagem: Tobias Schwarz/Pool via REUTERS)

O Estado de Saxônia-Anhalt, ao leste da Alemanha, votou neste domingo no último teste de opinião pública antes das eleições nacionais de setembro, e que pode representar uma derrota para as esperanças do conservador Armin Laschet de suceder a chanceler Angela Merkel.

As pesquisas antes da eleição estadual mostram uma pequena liderança do Partido Democrata Cristão (CDU) de Laschet e Merkel, mas o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) estava apenas um ponto percentual atrás na última pesquisa publicada na sexta-feira.

Ao votar, o premiê estadual conservador Reiner Haseloff disse que fez de tudo para convencer os eleitores na região relativamente pobre a não se voltarem à extrema-direita.

“Eu fiz tudo o que foi necessário e possível para persuadir o povo de que precisamos de estabilidade de um centro democrático”, disse Haseloff a jornalistas em sua cidade natal de Wittenberg, onde em 1517 Martinho Lutero pregou suas 95 teses críticas ao Papa à porta da Igreja, iniciando a Reforma Protestante.

O comparecimento, que mais cedo demonstrou uma queda brusca em relação a cinco anos atrás, se recuperou duas horas antes do fechamento das urnas, que fecham às 18 horas no horário local, apontando que os eleitores podem ter atendido ao chamado.

O comparecimento baixo já favoreceu em outras ocasiões os partidos mais extremistas.

Embora a maioria das pesquisas veja uma liderança confortável do CDU, uma possível derrota ou uma vitória por margem estreita pode frustrar as esperanças eleitorais de Laschet, que representa o grupo de seu partido que quer um rompimento decisivo com os anos de Merkel no comando.