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Estácio tem leve queda após ver lucro líquido recuar em 15% no trimestre

13 ago 2019, 11:27 - atualizado em 13 ago 2019, 12:23
Estácio
No segundo trimestre do ano, a empresa de educação teve lucro menor (Imagem: Money Times)

Por Investing.com 

As ações da Estácio (YDUQ3) (que agora se chama YDUQS) são negociadas com queda de 0,06% a R$ 33,50 nos primeiros negócios da manhã desta terça-feira. No segundo trimestre do ano, a empresa de educação teve lucro menor, diante de efeitos fiscais não recorrentes e da concessão de maiores descontos após o Fies ter sido reduzido.

A companhia anunciou que seu lucro líquido do período somou R$ 201,8 milhões no segundo trimestre na base pro-forma, o que representa uma queda de 14,8% em relação a igual período de 2018.

Segundo a Estácio, no mesmo trimestre do ano passado o lucro foi afetado positivamente por reversão de IR e contribuição social referente ao benefício do POEB. Sem esses efeitos, o lucro naquele período teria sido de 179,9 milhões. Nessa comparação, o lucro líquido este trimestre teria apresentado subido 12%.

Considerando ajustes contábeis pelo critério IFRS 16, o lucro da companhia no período somou 194,8 milhões de reais.

O resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda totalizou R$ 288 milhões, avançando 1,6% ano a ano. A margem Ebitda atingiu 30,1%, alta de 0,7 ponto percentual. Com o IFRS 16, o Ebitda foi de R$ 342 milhões. A previsão média de analistas ouvidos pela Refinitiv apontava Ebitda de R$ 348,2 milhões.

A receita líquida do grupo atingiu 957,2 milhões de reais de abril a junho, queda de 0,7% ano a ano. A Estácio atribuiu a queda ao cenário econômico adverso, que impactou principalmente o segmento presencial; à queda de alunos Fies em função da redução do programa pelo governo federal e ao aumento de descontos e bolsas concedidos.

Na visão da Coinvalores, o balanço trouxe um resultado fraco. Para a equipe da corretora, o desempenho da companhia ainda é afetado pela redução do FIES, bem como pela redução da base na categoria presencial.

Por outro lado, a área de ensino à distância segue em franca expansão, com alta de 21% no número de alunos frente ao 2T18. Tanto que, agora, o EAD (que possui ticket médio inferior) corresponde por 43% da base total, contra a representatividade de 37% de um ano atrás. Nesse contexto, o EBITDA foi apenas 1,6% superior ao do 2T18.