Estácio passa na recuperação e ações sobem após resultados
Os resultados trimestrais da Estácio (ESTC3) mostram que a empresa de ensino superior atravessa com êxito a reestruturação em curso, deixando o caminho limpo para elevar a lucratividade neste ano. Os analistas do BTG Pactual e do Itaú BBA reiteram a aposta “acima da média” para a ação da companhia, elegendo-a como Top Pick do setor educacional.
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Excluindo o total de R$ 193 milhões de itens não-recorrentes, a Estácio apresentou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 238 milhões, uma alta de 87% ante o mesmo trimestre em 2016 e acima das projeções dos analistas.
Tiago Binsfeld, do Itaú BBA, destaca a surpresa nas margens operacionais, em reflexo de iniciativas de eficiência, com contínuo aumento no tique médio. A ação ESTC3 faz parte da carteira Top 5 da instituição financeira, com valor justo estimado ao fim do ano de R$ 43.
Já o analista do BTG Pactual, Rodrigo Gastim, estima um preço-alvo em 12 meses de R$ 40. A partir dos números trimestrais mais fortes que o previsto, ele vê chance de a empresa voltar a surpreender positivamente as estimativas ao longo deste ano.
“As iniciativas que impactaram negativamente a rentabilidade no quarto trimestre de 2017 são exatamente as mesmas que são esperadas para impactar positivamente os lucros e o fluxo de caixa da empresa nos próximos anos. Isso está em linha com nossa visão de que, enquanto as dinâmicas de crescimento da receita em 2018 são incertas e mais desafiadoras, o crescimento dos lucros deve ser conduzido por ganhos de eficiência”, opinam os analistas Tobias Stingelin, Leandro Bastos e Pedro Pinto, do Credit Suisse.
Nesta sexta-feira (16) na B3, as ações da Estácio se destacavam na ponta positiva do Ibovespa, com valorização de 7,01%, cotadas a R$ 35,74. No mesmo instante, o Índice Bovespa caía 0,04%, aos 84.914 pontos.