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Esta mineradora já está entre as maiores pagadoras de dividendos do mundo no seu setor, segundo CEO

28 jun 2024, 12:47 - atualizado em 28 jun 2024, 16:21

A Aura Minerals (AURA33) já é a maior pagadora de dividendos do mundo entre mineradoras de ouro, afirmou o CEO Rodrigo Barbosa em entrevista ao programa Money Minds, realizado pelo Money Times. Segundo o executivo, em 2021, por exemplo, retorno de dividendos bateu em 13,5%.

Você pega 2022, 2023, também mantemos o nosso pagamento de dividendos que somou, junto a recompra de ações, cerca de 6,5% ao ano em 2022 e 2023, também nos mantendo entre os maiores pagadores de dividendos no setor de ouro no mundo”, explica.

De acordo com Barbosa, a estratégia da empresa é crescer mantendo a remuneração ao acionista. Ele lembra que grandes pagadores de dividendos são normalmente empresas que já alcançaram o seu nível de maturidade e, portanto, podem utilizar o excesso de caixa para pagar dividendos. Outras vezes, as empresas usam o próprio caixa para poder crescer.

“No caso da Aura, que é algo muito único no setor, a gente montou um portfólio com operações que estão gerando caixa, projetos de rápida maturação, rápida reciclagem de capital e, quando sequenciado, somado às operações, não consome extrema parte do nosso balanço e permite a gente, então, pagar dividendos enquanto cresce. Já somos um grande pagador de dividendos”, garante.

Atualmente, a política considera 20% do Ebitda menos o capex recorrente. No último dia 7 de junho, a empresa aprovou o pagamento de dividendos de US$ 0,35 por ação, correspondentes a um total de aproximadamente US$ 25,4 milhões.

Os proventos serão pagos, em dólares americanos, no dia 28 de junho, aos acionistas registrados nos livros da TSX Trust, escriturador da companhia e agente de transferência no Canadá, no fechamento do pregão de 20 de junho.

Barbosa também cita os investimentos. Entre as aquisições recentes da empresa, estão Almas, por US$ 74 milhões, Borborema, por US$ 50 milhões, além de aporte de US$ 180 milhões na mina, que fica localizada no Rio Grande do Norte. “E ainda terminamos o último trimestre com mais de 200 milhões de dólares no caixa e uma alavancagem abaixo de 0,7 vezes o Net Debt, a dívida livre sobre a Ebitda”, explica.

Você pode conferir o vídeo da entrevista completa clicando aqui.

Analistas aprovam empresa

Recentemente, duas casas grandes reforçaram o otimismo com a empresa: BTG e Safra. Analistas destacam que a alta de cerca de 40% da ação no ano ocorreu por conta dessa pernada do ouro e dos ganhos operacionais da empresa. 

O Safra, por exemplo, iniciou a recomendação com compra, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 65, potencial de 35%.

Apesar isso, os analistas não veem uma reavaliação do múltiplo para agora. A dupla acredita que os investidores vão esperar uma melhora de entrega de capacidade de produção e maior liquidez das ações antes de reavaliar o papel.

Para 2024, os analistas esperam Ebitda chegando a US$ 246 milhões, aumento de 84%.

Após disparar no ano, o Safra prevê que os preços do ouro vão cair 8% até 2026.

“Pensamos que os mercados poderão incorporar taxas de juro reais de longo prazo mais elevadas e uma aversão ao risco marginalmente menor nos preços do ouro”, preveem.

Os analistas do BTG dizem que o ouro forte e crescimento criam uma ótima janela de oportunidade para a companhia. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 68, potencial de 40%.

“Nos últimos trimestres, observamos sinais encorajadores de que a administração retomou o controle das operações”, explicam.

Para justificar o argumento, eles citam as minas de San Andrés e Apoena, que agora estão no caminho certo, após um 2022 e 2023 com produções abaixo do esperado.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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