Está chegando a hora de Simone Tebet brilhar como a ministra da vez; entenda
Desde o início do terceiro governo de Lula, o foco maior se manteve no ministro da Fazenda Fernando Haddad, além do próprio presidente. O motivo é claro: a pasta é responsável por pontos impostantes como a reforma tributária e desenho do novo arcabouço fiscal.
No entanto, outro ministério deve ganhar os holofotes nas próximas semanas. Dia 15 de abril é o limite para o governo enviar para o Congresso o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que definirá o orçamento do ano que vem. Com isso, o foco passa para Simone Tebet, ministra do Planejamento e responsável pela LDO.
Nos bastidores, Tebet já conseguiu movimentar Brasília. A antecipação da proposta de arcabouço fiscal, por exemplo, foi um pedido dela. Dessa forma, a sua pasta pode desenhar o orçamento de 2024 com base na nova regra fiscal.
- Entre para o Telegram do Money Times!
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!
“O ministro [Haddad] gentilmente antecipou o anúncio para atender a um pedido nosso [do Planejamento], para que a gente possa incorporar na LDO. Então está tudo dentro do prazo e está sendo melhor do que a gente imaginava”, disse Tebet a jornalistas há duas semanas.
A expectativa de economistas e analistas é de que o orçamento siga uma linha expansionista e desenvolvimentista, com ampliação de gastos públicos somados à expectativa do aumento de arrecadação. Como foi feito nos governos Lula 1 e Lula 2.
Para Heitor De Nicola, especialista de renda variável e sócio da Acqua Vero, o mercado tem uma percepção positiva a respeito da ministra.
“Talvez seja cedo para avaliar, uma vez que o trabalho tem sido mais nos bastidores. O anúncio do novo arcabouço fiscal será uma boa métrica para alinhar seu trabalho com as expectativas do mercado”, destaca.
Tebet também tem ajudado Haddad a aliviar a tensão entre o governo e o Banco Central. O presidente Lula e sua ala política declararam guerra à autoridade monetária, enquanto os ministros das pastas econômicas tentam manter uma relação harmônica com Roberto Campos Neto.
Também existem expectativas em relação a um plano antigo do PT de orçamento participativo, no qual a população teria o poder de definir o destino dos investimentos públicos federais. Tebet estaria trabalhando junto com Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, para a criação de um Plurianual Participativo (PPA Participativo).