Eleições 2018

Está cedo demais para analisar pesquisas do segundo turno?

04 out 2018, 10:32 - atualizado em 04 out 2018, 10:32

Saiu nesta terça-feira (2) o Monitor Semanal de Eleições do Itaú, documento que busca dar uma visão mais geral sobre o cenário político brasileiro. O relatório foca no mais do que provável segundo turno entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL).

Nesta semana, além de mostrar o crescimento dos candidatos nas redes sociais, o Itaú resolveu fazer um levantamento histórico de análises prematuras do segundo turno.

Nas redes sociais, Bolsonaro e João Amoêdo (Novo) lideram em crescimento de seguidores. Os números contabilizam Facebook, Twitter e Youtube.

Mas e quanto à questão do “é cedo demais para analisar o segundo turno?” ou “o segundo turno não é só depois do primeiro”?

“É recorrente o argumento de que ainda é cedo para analisar cenários de segundo turno, já que o resultado da eleição pode ser diferente das pesquisas realizadas neste momento”, diz o documento. “Analisamos as pesquisas de eleições passadas e observamos que, desde 1989, pesquisas de segundo turno realizadas em até dois meses antes do primeiro quase sempre acertaram o vencedor das eleições, o que reforça a importância de analisar os levantamentos de segundo turno deste ano. ”

Para esclarecer essa dicotomia, os analistas usaram dados das eleições presidenciais de 1989 a 2014. Com isso, fizeram um gráfico ilustrando a diferença em pontos percentuais entre vencedor e derrotado em todas as eleições (com exceção de 1994 e 1998 porque não tiveram segundo turno).

De acordo com a análise, mesmo pesquisas feitas antes do primeiro turno são úteis, pois indicam vitória do candidato que venceria de qualquer jeito.

A única exceção foi em 2014, ano em que, entre 10 e 15 dias antes da eleição, duas pesquisas indicaram vitória por 2 pontos percentuais para Aécio Neves (PSDB), ao invés de Dilma Rousseff (PT). Ainda assim, foi dentro da margem de erro.

Com isso, os analistas delinearam um gráfico mostrando a diferença em pontos percentuais entre Haddad e Bolsonaro.

Obviamente, a escala é bem diferente, então fica difícil comprar os gráficos que usam linhas do tempo diferentes e áreas diferentes do plano cartesiano. A diferença mais aproximável com a deste ano é a que ocorreu em 2006, quando Lula (PT) estava seis pontos a frente de Geraldo Alckmin (PSDB) faltando 30 dias para o segundo turno.

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