BusinessTimes

Esta ação de elétrica está ‘barata demais para ignorar’, diz UBS BB

07 mar 2023, 14:50 - atualizado em 07 mar 2023, 14:50
Engie Brasil
Engie é um player consistente e com um histórico comprovado, diz UBS BB (Imagem: REUTERS/Stéphane Mahé)

A equipe de análise do UBS BB elevou a recomendação de uma ação do setor elétrico que está atualmente “barata demais para ignorar”.

A instituição elevou a recomendação de Engie Brasil (EGIE3) de “neutro” para “compra”, uma vez que ela é negociada a uma TIR (taxa interna de retorno) real de 11,6%, contra yield de títulos do Tesouro de aproximadamente 6,5% (com um spread médio entre ambos desde 2020 de 2,5% vs. spread atual de 5,1%).

Adicionalmente, o UBS BB destaca que a Engie é um player consistente e com um histórico comprovado.

“Vemos a Engie como uma das principais companhias dentro da nossa cobertura, com previsibilidade de receitas somada a um sólido track record e transformação de uma geradora para um player de energia com ativos de transmissão e transporte de gás natural em seu portfólio”, defende Giuliano Ajeje, em relatório publicado nesta segunda-feira (6).

O preço-alvo para os próximos 12 meses foi atualizado para R$ 48, ante R$ 50 do modelo passado, após novas premissas para o custo de capital e o cenário macroeconômico.

Cenário de preços baixos não preocupa muito

Para o curto/médio prazo, o UBS BB acredita que os preços de energia devem continuar a tendência de queda, dada a sobreoferta do mercado.

Porém, o UBS BB avalia que a Engie deve conseguir navegar o cenário de preços baixos, dada a sua baixa exposição a preços spot e habilidade para fechar contratos a preços de energia favoráveis – média de R$ 220/MWh vs. preço spot de R$ 69/MWh e preço de médio prazo de R$ 104/MWh.

A estratégia de diversificação da Engie ainda agrada o UBS BB, embora o banco chame atenção para o capex (investimentos) de cerca de R$ 11 bilhões ainda a ser desembolsado nos próximos dois anos.

“[A Engie] pode ter que levantar mais dinheiro. Não vemos isso como um grande problema, já que Engie é uma companhia com classificação AAA-. No entanto, depois do caso da Americanas, o custo de dívida para qualquer financiamento provavelmente seria maior”, diz Ajeje.

Para completar, a Engie deve seguir como uma boa pagadora de dividendos, com dividend yield médio de 5,7% nos próximos cinco anos, com base no fechamento da última sexta-feira (3), afirma o analista.