AgroTimes

Esta ação bateu o Ibovespa (IBOV) e XP acha que há espaço para mais; entenda

21 maio 2024, 17:09 - atualizado em 21 maio 2024, 17:09
jbs jbss3 ação xp investimentos
Na semana passada, as ações da JBS tiveram alta de 18,4%, contra os +0,5% do IBOV (Imagem: Marfrig)

A XP Investimentos, em relatório assinado por Leonardo Alencar, head de Agro, Alimentos e Bebidas, e Pedro Fonseca, do mesmo setor, revisou as estimativas de Ebitda (Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, em português) para 2024 e 2025 da JBS (JBSS3), passando para aumentos respectivos de 27% e 11%, 8% e 2% acima do consenso.

A medida leva em consideração o aumento na semana passada de 18,4% das ações JBSS3, contra os +0,5% do Ibovespa (IBOV), o que, de acordo com o relatório, reflete os resultados robustos do primeiro trimestre de 2024 (1T24) e a indicação da administração de que processo de desalavancagem pode acelerar.

  • Ação do agronegócio “sofre ceticismo exagerado do mercado”: este analista acredita que ela pode pagar ótimos dividendos e é a melhor empresa de seu setor; veja qual é

A empresa reportou lucro de R$ 1,6 bilhão no 1T24, revertendo o prejuízo de R$ 1,4 bilhão ante o mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado teve aumento de 197%, chegando a R$ 6,4 bilhões.

“A diversificação geográfica e de proteínas continua a produzir benefícios, mitigando efetivamente o desafiador mercado de carne bovina dos EUA, com desempenhos sólidos nas operações de aves e suínos nos EUA e no Brasil, que deverão impulsionar a recuperação dos lucros”, afirmam os analistas.

Complementando que dado o forte momentum dos lucros e o valuation atrativo, “esperamos que o desempenho positivo das ações da JBS continue, embora acreditemos que a recuperação dos lucros esteja em grande parte precificada”.

As ações JBSS3 operavam em alta de 0,14% às 16h55 desta terça-feira (21).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

XP ainda tem pé atrás com influência dos EUA na JBS

Ainda, para a XP, as operações nos EUA e no Brasil poderão ser beneficiadas com base nos seguintes motivos:

  • perspectiva de oferta mais equilibrada com maior racionalidade no Brasil e questões genéticas nos EUA;
  • melhoria dos preços nos EUA devido aos preços altos carne bovina e ao consumo interno robusto no Brasil;
  • uma maior demanda de exportações, especialmente do Sudeste Asiático e na região do Oriente Médio e Norte da África, apesar da fraca demanda da China.

O documento afirma que as perspectivas para o ciclo bovino dos EUA estão ligeiramente melhores, com a administração da JBS e da Marfrig (MRFG3) indicando otimismo, mas ainda são necessárias mais provas para confirmar um processo de retenção de novilhas.

O destaque, por outro lado, vai para as operações de aves e suínos, principais impulsionadores das revisões, enquanto a visão baixista em relação aos preços de grãos permanece e promove estruturas de custos melhores.