“Esse governo não vai dar conta de tudo que tem que ser feito em 4 anos”, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (6), que o governo atual não dará conta de resolver todos os “meteoros” do passado.
“Esse governo não vai dar conta de tudo que tem que ser feito em 4 anos”, disse. Em evento no BTG Pactual, o ministro discutiu o cenário político e econômico brasileiro.
Haddad também pontuou durante sua fala aos executivos e clientes do banco que a arrecadação federal não deve aumentar “nem 1%” este ano. Apesar disso, apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve crescer 3% ao fim de 2023.
Isso porque os incentivos fiscais a governos estaduais e a pendência de precatórios pesaram na receita, explicou o economista-chefe do BTG, Mansueto Almeida. “São erros de alguns anos atrás que estão refletindo agora na meta fiscal”, afirmou Almeida.
Para que a meta fiscal seja atingida e siga nos planos do ministro, a colaboração dos três poderes é essencial, ressaltou Haddad. “Resultado fiscal não é da cabeça do Ministro da Fazenda ou do Presidente, é um trabalho em conjunto em que o Executivo, o Legislativo e Judiciário tem que entender a consequência das suas decisões”, disse o ministro.
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Quanto a manutenção do corte da taxa de juros, Haddad afirmou que está sempre em conversas com o Banco Central e que acredita que será mantido.
Em semana decisiva da aprovação da Reforma Tributária, participaram do evento também o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Mais tarde, participarão do evento os governadores do Estado do Rio de Janeiro, São Paulo, Espirito Santo e Pará.