Essa dupla de ações precisa estar na sua carteira de junho, segundo pesquisa com 23 analistas
Desde o início do ano, a máxima é de que “o mês não foi fácil”. Essa afirmação apareceu em quase todas os nossos consolidados mensais e, para maio, não seria diferente. No quinto mês de 2024, o Ibovespa (IBOV) teve uma nova queda de 3%, enquanto o acumulado anual já soma 9%. Esses são os cinco primeiros meses mais fracos desde 2021.
Acontece que o cenário macroeconômico continua bastante pressionado, principalmente por conta dos dados ainda bastante resilientes do mercado americano que acabaram postergando mais um pouco o início do corte nos Estados Unidos. No entanto, essa narrativa não é suficiente para justificar as quedas por aqui, já que o S&P 500 subiu 5,9% em maio.
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A Empiricus Research pondera em seu relatório mensal que “uma mínima sustentação em nossa própria narrativa” pode ajudar a bolsa a encontrar seu próprio rumo.
As projeções do Relatório Focus também não estão animando os investidores, já que as estimativas para 2024 são de que a taxa Selic possa terminar o ano em 10,25%, o que sugere que a taxa possa cair apenas 0,25 ponto percentual ainda.
A Larissa Quaresma, que assina o relatório do time, destaca que a desancoragem das expectativas de inflação também pesou no mês, já que a questão climática enfrentada pelo Rio Grande do Sul em maio pode impactar as projeções.
Nem mesmo o fim da temporada de resultados do primeiro trimestre do ano (1T24) animou. Na avaliação da “Carta do Gestor” do Itaú BBA, por mais que os números tenham vindo ligeiramente melhores que o esperado, houve quedas em praticamente todos os recortes do Ibovespa.
“O segmento doméstico foi destaque negativo, tendo caído 4,0%, seguido pelo setor financeiro, com queda de 2,6%, e do segmento de commodities, retração de 2,2%. Olhando para o tamanho das empresas, as menores, conhecidas como small caps, caíram 3,4%, seguidas pelas grades empresas, com queda de 3,1% – as empresas médias tiveram um desempenho menos sofrível, mas caíram 2,3% no mês”, avaliam os analistas Victor Natal e Rebecca Nossig.
De acordo com o mercado, o período foi marcado por eventos que aumentaram as incertezas e a cautela dos investidores na bolsa.
Mais indicadas para o mês de junho
Pensando adiante, 23 analistas selecionaram as ações que entendem ser as melhores para enfrentar o mês de junho. Em um levantamento realizado pelo Money Times, duas delas saíram vitoriosas nas indicações.
Com 14 menções cada, o Itaú (ITUB4) e a Petrobras (PETR4) são as ações “queridinhas” do mês.
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Na avaliação da Nova Futura, a ação do banco tem uma oportunidade na mesa com a possibilidade de uma melhor precificação no curto prazo. Isso porque os números apresentado no primeiro trimestre de 2024 foram positivos com um lucro líquido recorrente alcançou R$ 9,8 bilhões (ROAE de 21,9%) com incremento de 16% em base anual.
Outra casa que possui o papel no portfólio é o Santander que, recentemente, aumentou o preço-alvo de R$ 38,00 para R$ 44,00, de olho principalmente no aumento do ROE na perpetuidade de 18% para 19%.
“Olhando para o futuro, prevemos que o Itaú volte a acelerar a concessão de empréstimos em segmentos específicos, principalmente agora que estabilizou a inadimplência da sua carteira de crédito. Como se espera que a maior parte do processo de redução de risco do Itaú foi concluída no 4T23,acreditamos que essa mudança se tornará aparente em 2024”, avaliam os analistas Ricardo Peretti e Alice Corrêa.
Enquanto isso, a petroleira venceu o mau humor do mercado e se consagrou entre as indicações do mês. O mercado estava receoso com estatal que passou por uma instabilidade quanto ao cargo de CEO da companhia que, ao final de maio, foi preenchido por Magda Chambriard.
Ainda na avaliação do Santander, a capacidade de produção e exploração da Petrobras, lideradas por seus ativos de alta qualidade do pré-sal, permanecerão em vigor, apesar das incertezas no Conselho Administrativo.
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“Recentemente nossos analistas rebaixaram a recomendação da Petrobras para “Manutenção” e reduziram o preço-alvo (2024E) para R$ 47,00 (vs. R$ 52,00 anteriormente). Após o anúncio da distribuição de dividendos extraordinários (50% da reserva de remuneração de capital), optamos por manter a Petrobras em carteira com um peso de 12%, estando ainda ligeiramente abaixo da participação da ação no Ibovespa, de ~13,5%”, explicam os analistas.
Confira quais são as outras ações indicadas pelas casas
Empresas | Ticker | Indicações |
---|---|---|
Itaú Unibanco | ITUB4 | 14 |
Petrobras | PETR4 | 14 |
Vale | VALE3 | 13 |
Sabesp | SBSP3 | 9 |
PetroRio | PRIO3 | 7 |
Cyrela | CYRE3 | 7 |
Banco do Brasil | BBAS3 | 7 |
Cyrela | CYRE3 | 6 |
Gerdau | GGBR4 | 6 |
Levantamento
O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de ações divulgadas por 23 instituições. Para maio, foram indicadas 87 ações, somando 228 recomendações.
Participaram do levantamento Ágora Investimentos, Ativa Investimentos, BB Investimentos, BTG Pactual, CM Capital, EQI Research, Empiricus Research, Genial Investimentos, Guide Investimentos, Itaú BBA, Levante, MyCap, Nova Futura, Órama, Planner,PagBank, Rico, RB Investimentos, Safra, Santander, Terra Investimentos, XP Investimentos e Daycoval.