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Esquema de pirâmide russa lava US$ 1,5 bilhão em bitcoin também na Ucrânia

01 set 2021, 9:21 - atualizado em 01 set 2021, 11:47
Bitcoin Ucrânia
A Chainalysis descobriu que “entre dezembro de 2019 e agosto de 2021, Finiko recebeu mais de US$ 1,5 bilhão em bitcoin em mais de 800 mil depósitos separados”(Imagem: Pixabay/cryptostock)

A quantidade de bitcoin (BTC) de um dos esquemas de pirâmide mais infames do setor de criptomoedas pode ser consideravelmente maior do que as estimativas iniciais,

Hoje (1º), a Chainalysis, empresa de análise de blockchain, divulgou um relatório sobre crimes com criptomoedas no Leste Europeu.

A região é historicamente ativa no setor cripto. Ela obteve um aumento no uso ilícito de criptomoedas no ano passado, em grande parte atrelado ao esquema de pirâmide Finiko.

A Chainalysis descobriu que “entre dezembro de 2019 e agosto de 2021, Finiko recebeu mais de US$ 1,5 bilhão em bitcoin em mais de 800 mil depósitos separados.”

Relatórios anteriores indicaram os ganhos do Finiko em quase US$ 95 milhões. Se a quantia de US$ 1,5 bilhão for verdadeira, isso faria do Finiko um dos maiores esquemas envolvendo o uso de cripto da história.

A maioria das pessoas considera OneCoin, que se tornou famosa por lavar quase US$ 4 bilhões antes do desaparecimento de seu fundador, a atual recordista.

Esquemas de pirâmide envolvem, inicialmente, o uso de táticas de recrutamento para atrair um número maior de investidores para participar.

Essencialmente, investidores antigos são recompensados por trazer mais dinheiro para o esquema por meio de novos investidores.

Esquemas de pirâmide financeira estão acontecendo cada vez mais na Rússia e na Ucrânia. Afetados por sistemas financeiros turbulentos, pela desvalorização monetária e por oportunidades limitadas de investimento, vários russos e ucranianos estão bastante vulneráveis a esquemas como Finiko.

Afirma-se que reguladores começaram a analisar Finiko no final de 2020, e o esquema de investimento recebeu uma advertência do Banco da Rússia, o qual relatou que Finiko mostrava “sinais de um ‘esquema de pirâmide’” em uma notificação emitida em fevereiro.

Autoridades na cidade de Cazã prenderam o fundador do esquema, Kirill Doronin, no final de julho e confiscaram seus passaportes russo e turco, incluindo um que Doronin adquiriu semanas antes, em que é identificado como Onur Namik. Ele deverá ser solto no final de setembro.

Doronin supostamente ofereceu informações de seus cofundadores, Zygmunt Zygmuntovich, bem como Marat Sabirovy e Edvard Sabirovy, mas afirma não saber onde eles estão.

A conta principal do Finiko no Telegram estava ativa até 21 de julho, divulgando o novo “projeto” de Doronin, OmFin. A conta de suporte do esquema ainda permanece ativa.

O próprio Doronin administrou, no passado, uma popular conta no Instagram, mas ficou quase quatro anos sem publicar nada até enviar uma imagem de bitcoin. 

Enquanto isso, apoiadores de Doronin estão surgindo nas redes sociais. Uma petição para reduzir a sentença do fundador do Finiko também está em circulação.

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Outras tendências no Leste Europeu 

Chainalysis descobriu que, embora o Oeste Europeu seja uma região que conta com o maior uso de cripto, o Leste Europeu ultrapassou o Oeste em depósitos enviados a esquemas, sendo que metade dessa quantia é do próprio Finiko.

Em termos de países, a Ucrânia teve a maior quantidade de visitas a sites de esquemas com criptomoedas do mundo, mais que o dobro do segundo país da lista, os Estados Unidos.

O Leste Europeu também teve a maior quantidade de criptomoedas enviadas a plataformas na dark net, com o Hydra Market em primeiro lugar.

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