Comprar ou vender?

Esqueça o papo de que o varejo vai crescer. Para Ágora, o que importa são estas 8 ações

23 jan 2020, 15:04 - atualizado em 23 jan 2020, 15:26
lojas Marisa
Vendas mesmas lojas: destaque da Marisa neste ano, segundo a Ágora (Imagem: Divulgação/Facebook/Marisa)

Investidor escaldado tem medo de mercado morno. Por isso, a Ágora Investimentos decidiu adotar uma nova abordagem para selecionar as ações do setor de varejo em que apostará neste ano. “Acreditamos que os investidores devem se concentrar em olhar para os direcionadores específicos de cada empresa, em vez de focar em uma categoria específica”, afirma o relatório.

Assinado pelos analistas Richard Cathcart e Flávia Meireles, o texto observa que a capacidade das empresas entregarem lucros satisfatórios será o principal gatilho de eventuais altas de papéis – mas adverte que este é, também, o elemento de maior risco na precificação do setor.

Isto porque, já vimos esse filme antes: o ano começa promissor e termina frustrante. “Acreditamos que o cenário econômico fornece as condições necessárias para proporcionar às empresas de nossa cobertura de varejo e comércio eletrônico no Brasil um forte crescimento de lucros de 2020 para frente, mas o setor claramente passou por vários momentos de retomada falsos nos últimos anos”, alerta a Ágora.

Por isso, a gestora do Bradesco promoveu uma revisão geral na carteira de recomendações  de ações de varejistas. Três fatores orientaram as escolhas, a fim de evitar falsas expectativas e sair do conforto de dizer que o varejo, em geral, se beneficiária com a retomada da economia.

Filtros

O primeiro foi a busca por empresas com oportunidades estruturais de crescimento e que estão em momento de “virada operacional”. O segundo foi o histórico “forte e consistente” de entrega de resultados e execução de estratégias. Por fim, entraram também as companhias com potencial para elevar seus múltiplos, por meio de planos de “recuperação operacional”.

B2W
Mais mercado: B2W, dona de sites como o Submarino, deve elevar vendas (Imagem: Divulgação/B2W)

Oito papéis passaram a ser indicados para compra em 2020, ligeiramente abaixo das nove escolhidas no ano passado. As novidades são as promoções da B2W (BTOW3) e Marisa (AMAR3), que passaram de neutra para compra.

“A mudança de recomendação da B2W está atrelada à nossa expectativa de aumento do crescimento do GMV (volume bruto de vendas) de uma taxa média ponderada de crescimento de 5 anos de cerca de 15% (o que implica em uma perda de participação de mercado) para 23% (o que implica em pequenos ganhos em participação de mercado), principalmente devido a uma visão mais positiva sobre a logística”, afirmam os analistas.

“Também estamos mais confiantes do que anteriormente que a geração de caixa é sustentável”, acrescentam.

Lucro sustentável

No caso da Marisa, a elevação da recomendação “pode ser justificada pelo forte momento construído em 2019, continuando em 2020, e vemos espaço para um elevado crescimento das vendas pelo critério de mesmas lojas (SSS), dada a extensão do declínio nos volumes nos últimos seis anos.”

A Ágora destaca também que a Marisa está crescendo “mais rapidamente do que qualquer outro varejista de vestuário” no e-commerce. “Portanto, estamos confiantes na recuperação da rentabilidade da Marisa, uma vez que o volume adicional permite que a empresa dilua custos”, explicam os analistas.

Veja, a seguir, as empresas favoritas da Ágora no setor de varejo para 2020.

Carteira de ações de varejo recomendada pela Ágora para 2020
(Fonte: Ágora Investimentos)

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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