Esqueça 2019 e compre ações para o futuro do Brasil, aponta UBS
Os investidores precisam ficar de olho no Brasil pós-reforma da Previdência e nos efeitos de um nível menor dos juros sobre a economia e esquecer 2019, mostra um relatório do UBS sobre quais investimentos devem ser feitos no segundo semestre, bem como listando os prognósticos para o mercado acionário.
Como decorrência, o UBS elevou a recomendação para o mercado acionário no Brasil, de neutro para overweight (alocação acima da média do mercado), em antecipação a um ambiente econômico e pró-negócios melhor”.
Para o banco suíço, os investidores dão maior importância à como o Brasil se comportará em um ambiente futuro de taxa básica de juro em patamares mínimos e recuperação da economia, em relação a notícias correntes sobre atividade econômica.
“Embora seja esperado um crescimento menor do PIB este ano, as expectativas de crescimento dos lucros não caíram muito e as empresas ainda estão desfrutando dos benefícios do aumento de produtividade após anos de recessão, além de um menor custo de dívida – graças à baixa taxa de juros”, diz o UBS.
Confiança e investimento
Ronaldo Patah, estrategista para mercados emergentes, destaca a perspectiva positiva com a maior economia da América Latina. “Há uma forte crença no mercado de que, se o Brasil estabilizar sua situação fiscal, a confiança voltará forte e o investimento na economia real se recuperará após anos de letargia”, diz o analista.
“Além disso, também há a expectativa de que a agenda positiva continue após o término do processo de reforma previdenciária”, aponta Patah, destacando a expectativa de reforma tributária a frente.
Desta forma, o UBS também destaca a agenda pró-mercado do governo via aceleração das privatizações, concessões e programas de parceria público-privada, incentivos para elevar a competição no setor de energia, desenvolvimento de um programa de infraestrutura (incluindo uma nova lei de saneamento) e o fim do processo de cessão onerosa.
De olho na reforma
A instituição financeira destaca a urgência da necessidade da aprovação da Nova Previdência. “Ao mesmo tempo, a situação econômica do Brasil mostrou ao povo, inclusive aos políticos, que o país não podia mais esperar. A estagnação da atividade depois de quase cinco anos desde o início da recessão está nitidamente na mente das pessoas”, avalia Patah, citando o desemprego como exemplo para não haver “tempo para procrastinação”.
“Acreditamos que a reforma da Previdencia social será aprovada nos próximos dois meses, com um impacto robusto nas despesas do governo nos próximos 10 anos. Isso permitirá que a agenda pública avance”, avalia o UBS.
Por fim, o banco lista recomendações para as demais classes de ativos.
Veja recomendações do UBS:
Veja a alocação sugerida do UBS no Brasil