Especuladores fazem correção e soja recupera metade do tombo histórico da 5ª feira
Os especuladores voltaram aos negócios com a soja, comprando depois do tombo histórico da quinta, que se seguiu depois seguidos recuos. As mínimas que o bushel registrou proporcionam boa reação nesta sexta (18).
As correções sobre a soja barata da véspera, com baixas de até 118 pontos, estão tendo suporte em mais de 67 pontos (5,5%), a US$ 13,97 o contrato julho, a quase 1h30 do fechamento da Bolsa de Chicago.
Não há fatores altistas de fundamentos, daí que o analista Marlos Correa, da InSoy Commodites, acredita que os grandes fundos estão atrás de oportunidades, apostando no exagero do precipício que o Federal Reserve ajudou sacramentar com a decisão sobre os juros futuros, detonando a alta do dólar no mercado global.
Ao contrário, a oleaginosa segue sob fator de pressão, já que o clima tende a melhorar na semana que vem sobre as plantações dos Estados Unidos e segue o perigo da oferta sobrar com a redução da mistura de biodiesel lá também – e não desmentida pelo governo de Joe Biden.
Além disso, lembra o analista, a China continua “tranquila” nas compras. Se avançou um pouco mais nos últimos dias – e o USDA deverá divulgar no relatório de exportações da semana que vem -, foi para aproveitar os preços baixos e “melhorar suas margens”.
E a questão da maior oferta óleo de palma na Ásia, que derreteu o óleo de soja e estimula maior oferta da matéria-prima in natura, não mudou.
Para complementar, o financeiro se mantém nervoso no mundo, com as bolsas em queda e o dólar index em trajetória de alta, depois do FED indicar possível alta dos juros.