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Espanhola Abengoa pede recuperação judicial após credores perderam paciência por acordo

22 fev 2021, 17:40 - atualizado em 22 fev 2021, 17:40
Abengoa
O pedido de recuperação judicial foi apresentado nesta segunda-feira em um tribunal de Sevilla (Imagem: REUTERS/Marcelo del Pozo)

A espanhola Abengoa, que atua nos setores de engenharia e energias renováveis, anunciou nesta segunda-feira que decidiu solicitar de forma voluntária o início de um processo de recuperação judicial, após seus credores se recusarem a ampliar o prazo para as negociações de um acordo de reestruturação.

Uma proposta de reestruturação das dívidas de 6 bilhões de euros (7,30 bilhões de dólares) da Abengoa se desfez desde que o governo regional da Andaluzia retirou uma oferta de 20 milhões de euros em financiamento como parte do acordo geral.

“O conselho de administração… continua comprometido em encontrar alternativas para evitar a inviabilidade das subsidiárias que desenvolvem a atividade do grupo e, assim, preservar empregos e tentar minimizar a perda de valor”, disse a Abengoa em comunicado ao órgão regulador do mercado acionário espanhol.

O pedido de recuperação judicial foi apresentado nesta segunda-feira em um tribunal de Sevilla.

No comunicado, a empresa disse que o conselho de administração decidiu que essa era a medida mais apropriada para salvaguardar os interesses da companhia e de seus credores.

Mais cedo nesta segunda, a empresa havia dito que “na ausência de uma nova autorização para a extensão do prazo”, o acordo de reestruturação foi automaticamente encerrado.

Desde setembro, a Abengoa adiou repetidas vezes o prazo para concluir as negociações, enquanto lutava por alternativas ao financiamento da Andaluzia.

Agora, porém, seus credores parecem ter perdido a paciência.

Um porta-voz do governo regional disse que a Andaluzia não possui ferramentas adequadas para injetar um auxílio direto à empresa.

Já um porta-voz do Ministério do Orçamento preferiu não comentar sobre a possibilidade de a Abengoa receber ajuda de um fundo de 10 bilhões de euros que visa resgatar empresas de setores estratégicos.

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