Espaçolaser fecha em alta de 4% após balanço surpreendente; BTG reitera ‘compra’
A Espaçolaser (ESPA3) reportou resultados acima do esperado, na avaliação do BTG Pactual (BPAC11). Beneficiada pela aceleração de abertura de lojas, normalização do horário de funcionamento e integração das 100 unidades franqueadas adquiridas ao longo do ano, a companhia divulgou lucro líquido ajustado de R$ 19 milhões no terceiro trimestre do ano, revertendo o prejuízo de R$ 10,6 milhões reportado em igual período de 2020.
Os números trimestrais foram bem recebidos pelo mercado. A ação da Espaçolaser terminou o pregão desta quarta-feira (17) em alta de 4%, negociada a R$ 9,87. Na máxima do dia, o papel atingiu R$ 10,47.
O Ibovespa caiu 1,39%, a 102.948,45 pontos.
A receita líquida atingiu R$ 224 milhões e superou as estimativas do BTG, que esperava montante de R$ 201 milhões. O resultado refletiu a consolidação das lojas franqueadas e a expansão orgânica do período. Ao fim do trimestre, a Espaçolaser registrava 681 unidades Espaçolaser, 13 Estudioface e 25 internacionais.
As despesas operacionais foram o destaque positivo do trimestre. A linha atingiu R$ 38,6 milhões, representando 17,2% da receita líquida do período – queda de 11,1 pontos percentuais no comparativo anual. Isso levou a um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 67,4 milhões, salto de 1.238,4% em relação a um ano antes.
O BTG reiterou a compra da ação da Espaçolaser, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 23 — ou seja, o papel tem potencial para mais do que dobrar de valor, na avaliação do banco.
Apesar de ver a competição com os players regionais como um motivo de preocupação, o banco acredita que o ritmo de abertura de lojas (aproximadamente 160 unidades por ano até 2025) garantirá ganhos de participação de mercado em um setor ainda fragmentado.
O BTG também indica a Espaçolaser a investidores que procuram exposição à recuperação do varejo brasileiro.