Coronavírus

Escolher pessoas com comorbidades atrasa vacinação no Brasil, aponta Itaú

27 maio 2021, 18:24 - atualizado em 27 maio 2021, 18:24
Vacinas, frança
Segundo a avaliação, o retorno ao critério de vacinação por idade pode ajudar a aumentar novamente esse ritmo (Imagem: REUTERS/Stephane Mahe/File Photo)

A vacinação no Brasil voltou a desacelerar e um dos motivos pode estar no método utilizado por aqui, aponta o Itaú em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (27) e obtido pelo Money Times.

O “Monitor da Pandemia” ressalta que o ritmo diário de distribuição de vacinas recuou mais um pouco nos últimos dias, para cerca de 640 mil vacinados (na média semanal e considerando a primeira e segunda dose), de 660 mil na última semana.

“Aparentemente, uma parte dessa desaceleração vem da mudança no critério de vacinação em parte do país: o atual foco em imunizar indivíduos com comorbidades em vez de vacinar de acordo com a idade pode estar gerando atraso na distribuição, pois doses que estão disponíveis nos postos de saúde ficam “reservadas” para o que se estima ser o tamanho da população com comorbidades, que pode ou não comparecer para receber as vacinas”, aponta o banco.

Segundo a avaliação, o retorno ao critério de vacinação por idade pode ajudar a aumentar novamente esse ritmo.

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Terceira onda

Segundo o Itaú, o nível atual da vacinação no Brasil já deve ser capaz de trazer algum nível de proteção para a população em uma terceira onda do coronavírus, mesmo que ainda haja um longo caminho a percorrer.

“Em uma conta simples, estimamos que para cada novo caso que surge no país, a chance de óbito é atualmente cerca de 50% menor do que antes do início da vacinação”, diz o banco.