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EscolaCripto: “Crypto Jobs” e as competências necessárias para o profissional do futuro

24 out 2020, 11:00 - atualizado em 23 out 2020, 17:46
Confira, neste artigo pelo EscolaCripto, quais habilidades o profissional da crescente e inovadora indústria blockchain precisa ter (Imagem: Freepik/syarifahbrit)

Os criptoativos e a tecnologia blockchain, antes um mistério, agora têm se popularizado aos poucos e ganhando espaço em muitos setores, como economia, saúde e educação, os quais estão começando a se beneficiar dessa potente inovação

Com o amadurecimento de todo o mercado que envolve a criptoeconomia, espera-se que surjam cada vez mais startups desenvolvendo novos produtos e serviços, o que fará com que a demanda por profissionais dessa área cresça, gerando assim muitas oportunidade de emprego e ascensão de carreira. 

Apesar de a adesão e integração da tecnologia ainda estarem nos estágios primários de maturação para os interessados, esse pode ser o momento certo de se aprofundar e buscar capacitação para estar preparado para as oportunidades que surgirão.

Com mais empresas experimentando o blockchain em suas operações, o progresso tecnológico crescerá exponencialmente e mais empresas levarão suas soluções ao mercado.

Atualmente, como já é esperado, a maioria das oportunidades disponíveis é direcionada para a área de desenvolvimento de software, mas com o amadurecimento do mercado, o campo de atuação vem se ampliando e já começam a surgir vagas para outras áreas, como a de marketing.

O potencial é grande e, por isso, trouxemos algumas informações sobre a área e possibilidades de trabalho no setor. 

Anualmente, o Linkedin produz um relatório sobre as tendências de carreira e habilidades mais procuradas por recrutadores.

O de 2020 mostrou o blockchain como líder da lista de habilidades mais requisitadas para o ano. Além disso, informou que as empresas não estão apenas implementando cada vez mais soluções blockchain, mas também investindo intensamente em pesquisa e desenvolvimento.

Há um ano, blockchain nem estava nessa lista. Essa mudança demonstra quão rápida essa tecnologia está sendo introduzida no mundo dos negócios.

Segundo a pesquisa, os países onde as habilidades ligadas ao blockchain estão sendo mais procuradas são Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Austrália.

A pesquisa do Linkedin divide as habilidades em dois segmentos: “hard skills” — conhecimento especializado e habilidades técnicas para lidar com uma tarefa específica — e “soft skills” — relacionadas a comportamento e habilidades cognitivas.

O relatório de trabalho também destaca que a blockchain não é mais um nicho tecnológico para startup.

Entre os principais recrutadores estavam IBM, Oracle, JPMorgan Chase, Cisco, Microsoft, Amazon e American Express. O recado é claro: grandes empresas estão vendo a blockchain como uma tecnologia que vale a pena apostar.

“Soft Skills”

1. Criatividade
2. Persuasão
3. Colaboração
4. Adaptabilidade
5. Inteligência emocional

“Hard Skills”

1. Blockchain
2. Computação em nuvem
3. Raciocínio analítico
4. Inteligência artificial
5. Design de experiência do usuário
6. Análise de negócio
7. Marketing de afiliado
8. Vendas
9. Computação científica
10. Produção de vídeo

Segundo a teQatlas, as empresas mais ativas em relação à contratação para esse setor são: IBM, Cisco e Accenture. Juntas, representam cerca de mil vagas abertas.

AngelList, site especializado em startups, mostra alguns dados em que é possível verificar que outras posições, além das ligadas ao desenvolvimento de software, também já começam a ser demandadas: profissionais para operações, design de produto, negócios, marketing e criação de conteúdo.

Desenvolvedores estão inclusos em engenharia e, como já era esperado, é o profissional mais necessário, pois é um dos principais responsáveis pela construção de toda a infraestrutura desse ecossistema.

89% dos recrutadores relataram desafios ao selecionar pessoas com essas habilidades. 

Esses desafios são ainda maiores na contratação de pessoal quando as funções estão relacionadas ao aprendizado de máquina, inteligência artificial e blockchain.

Em 2018, havia 23 milhões de desenvolvedores de software. Esse número deverá atingir 27,7 milhões até 2023

Desenvolvedores que desejem trabalhar nessa área poderão atuar como engenheiros e arquitetos, os quais criam uma blockchain ou aplicativos que utilizam uma blockchain.

As habilidades necessárias são: ser um bom programador, ter experiência com criptografia, programação de rede, depuração e teste de unidade, conhecimento nas seguintes linguagens de programação: C++, Java, JavaScript, C#, Python, Go e Solidity (esta projetada para criar contratos inteligentes no blockchain Ethereum).

Um novo relatório da Hired, site de busca de empregos, mostra como está a demanda para engenheiros de software com habilidades em blockchain. Estão em maior demanda do que em qualquer outro momento no passado.

Em sua primeira análise, apenas de trabalhos relacionados à engenharia de software, a Hired encontrou as habilidades de desenvolvimento de blockchain classificadas nas três principais vagas disponíveis em quase todas as regiões do mundo. 

Todo ano, alguma das profissões ligadas à tecnologia demonstra um grande salto de crescimento na demanda.

Em 2019, foi a vez das tecnologias ligadas à realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) terem um crescimento na demanda por engenheiros: 1.400%.

O blockchain, após uma grande demanda em 2018, dessa vez, teve um crescimento menor, de 9%.

Em 2018, a demanda por engenheiros de blockchain teve uma grande demanda, com um crescimento explosivo de 517%.

A tendência de salário aumentou 5% em relação a 2019, US$ 162.000 ao ano.

As três principais cidades que mais contratam desenvolvedores de blockchain são Nova York, São Francisco e Chicago.

Não é nenhuma surpresa que Nova York e São Francisco lideram a lista das principais cidades com oportunidades para trabalhos na área de blockchain e criptomoeda. 

Ambas têm setores de tecnologia prósperos, uma abundância de talentos das principais universidades próximas, mercados financeiros e de capitais bem desenvolvidos. Geralmente são vistas como lugares dos sonhos ​​para se viver.

(Imagem: CryptoFundResearch)
(Imagem: The Block)

O Brasil ainda não tem tantas oportunidades, porém, se você quiser se preparar e ir conhecendo mais sobre esse universo, há bastante conteúdo na web, até mesmo gratuito, que te dará uma direção em como começar.

Para quem já possui alguma experiência e quiser concorrer às oportunidades disponíveis atualmente, aqui estão os principais sites em que é possível encontrar vagas para a área:

CryptoJobsList;
CryptoCareers;
AngelList;
CryptoCurrencyJobs;
Blockew;
CryptoJobs;
Blockchain Job Board.

Independente da área de atuação dentro desse novo ecossistema, algo é evidente e muito importante: a disposição de aprender será cada vez mais importante para conseguir se manter competitivo ao concorrer às vagas de trabalho no futuro. 

As coisas têm mudado muito rapidamente, o que exige que sejamos cada vez mais um eterno aprendiz para nos adaptar a essas mudanças e estejamos dispostos a descobrir o novo por conta própria.

Por se tratar de uma área nova, muito ainda está sendo desenvolvido, e quem estiver entrando nesse mundo agora estará fazendo parte da construção de um futuro descentralizado. 

Sites de busca serão o seu melhor amigo e o domínio da língua inglesa tem se mostrado essencial, pois a maioria do conteúdo está nesse idioma. 

Como se trata de um mundo ainda novo e que está em constante evolução, é preciso estar disposto a evoluir junto com ele.

Por causa disso, o sistema de educação escolar atual talvez não seja o mais eficiente.

Os conhecimentos e as habilidades adquiridas durante os estudos estão se tornando cada vez mais obsoletos, mesmo antes da graduação, pois os principais requisitos para o trabalhador moderno são o compromisso com a educação ao longo da vida, a necessidade de mudar de profissão e a capacidade de dominar rapidamente todas as habilidades necessárias.

O profissional do futuro terá que ser um “long-life learner”, ou seja, terá que aprender para sempre. 

“O analfabeto do século XXI não será aquele que não sabe ler nem escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender.” — Alvin Toffler 

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