EscolaCripto: cinco motivos para o preço do bitcoin ter alcançado US$ 40 mil
O bitcoin encerrou 2020 e iniciou 2021 com força total!
Com o preço registrando máximas históricas por dias consecutivos, impressionando céticos e, até mesmo, aqueles que já o acompanham a algum tempo, no dia 7 de janeiro de 2021, o bitcoin registrou preços acima de US$ 40 mil, chegando a uma capitalização de mercado de US$ 746 bilhões de dólares, ultrapassando a Tesla.
Já a capitalização de mercado de todas as criptomoedas juntas ultrapassou US$ 1 trilhão.
Caso você esteja chegando agora nesse mercado e não esteja entendo muito o motivo dessa alta, trouxemos cinco motivos que justificam essa valorização.
Grandes players estão se juntando
A repentina entrada de investidores institucionais deu, ao bitcoin, uma onda de credibilidade como nunca antes vista.
MicroStrategy, Square, PayPal, MassMutual, SkyBridge, Grayscale já alocaram em bitcoin. Agora, até mesmo o prefeito de Miami cogita a possibilidade de colocar 1% da reserva da cidade em bitcoin.
Todas as semanas, uma nova instituição anuncia um grande investimento em bitcoin com a intenção de “holdar” (comprar e deixar o ativo render), e não somente especular.
De repente, certos figurões do mercado tradicional não viam mais o bitcoin como o dinheiro de nerd da internet ou alguma forma de moeda utilizada na dark net, mas sim uma reserva de valor com um potencial ainda nem conhecido em sua real magnitude.
Essa inundação de instituições irá reduzir ainda mais a quantidade total de bitcoin disponíveis, o que pode causar movimentos ainda maiores.
O enfraquecimento do dólar
O “crash” visto em março de 2020 foi um dos piores da História e atingiu todos os mercados, desde o de ações até o de criptomoedas.
Para resolver os problemas econômicos ocasionados pelos “lockdowns”, o Federal Reserve apresentou a mesma solução que já adota há muito tempo, a impressão de dinheiro.
Através do gráfico do DXY — índice que mede o dólar frente a uma cesta de moedas dos principais parceiros comerciais dos EUA —, é possível observar o declínio que a moeda teve nos últimos meses. Isso reflete a perda do poder de compra do consumidor.
Enquanto há cada vez menos bitcoin disponíveis, há cada vez mais dólares em circulação. Quase 40% de todos os dólares americanos já criados foram impressos no ano de 2020.
Isso mesmo. No ano passado, o Fed adicionou US$ 2,7 trilhões, expandindo a oferta monetária M1 de forma sem precedentes.
Essa prática não é nova. Para se ter uma ideia, 75% de todos os dólares americanos existentes foram impressos após a criação do Bitcoin.
Por isso, há uma corrida por ativos com características de reserva de valor, e o bitcoin vem mostrando ser o mais descentralizado e transparente deles.
O bitcoin se move em ciclos
O bitcoin costuma apresentar um comportamento cíclico quase exato de crescimento, queda, estabilidade e novas máximas.
As mudanças são extremamente voláteis, com quedas expressivas em alguns meses, mas subidas expressivas em outros.
O bitcoin viveu seu último ciclo com um 2017 de alta, um 2018 de baixa, um 2019 estável e um 2020 de alta, mesmo à medida que o coronavírus trouxe turbulência para os mercados.
A redução da emissão de novos bitcoins pela metade, ocasionada pelo “halving”, é um importante indicador pois, após o evento, o bitcoin costuma, historicamente, a multiplicar seu preço.
O último halving aconteceu em maio de 2020, então estamos dentro desse ciclo de valorização.
Aumento do interesse geral
O interesse do varejo também está aumentando. Ainda não é o mesmo visto em 2017, mas já há sinais de aumento da procura pelo assunto. No dia 2 de janeiro, as citações em relação ao bitcoin no Twitter alcançaram 145 mil, aproximando-se do recorde 155 mil citações em 2018.
No Google Trends, as pesquisas pelo assunto “bitcoin” tiveram um grande aumento e se aproximam do nível de 2017.
Esse fato exige maior atenção, pois demonstra que os investidores de varejo estão sendo atraídos pelo mercado. É um sinal a ser levado em consideração pois, historicamente, costumam entrar atrasados nos movimentos de valorização.
As expectativas em torno de um ETF
As possibilidades da aprovação de um fundo negociado em bolsa (ETF) americano de bitcoin tendem a aumentar.
Com a saída de Jay Clayton — ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (SEC) — a aprovação de um ETF de bitcoin pode ser possível, pois seu sucessor tem uma visão mais inovadora sobre o mercado.
Muitos acreditam que um ETF aumentaria ainda mais a adoção institucional.
Para muitos, ainda estamos somente no começo do que pode vir a ser uma adoção muito maior, dado a pequena capitalização de mercado do bitcoin.
Em um cenário como este, o melhor a se fazer é manter aportes regulares e visando o longo prazo, que parece ser cada vez mais promissor. O preço não sobe para sempre e de uma vez. As correções chegam e podem ser ótimas oportunidades de melhorar o preço médio.
É preciso ter paciência e seguir o fluxo das baleias, que não se assustaram com a queda de mais de 20% da semana passada e aproveitaram para continuar enchendo o carrinho de compras enquanto uma grande parte dos investidores de varejo não aguentaram a volatilidade e se desfizeram de suas posições.
Houve um aumento de 200 novos endereços de baleias nas últimas duas semanas (carteiras com mais de 1 mil BTC).
A corrida de alta pode ser retomada em breve, já que a rede permanece saudável e outros indicadores sugerem métricas otimistas, conforme observado por Rafael Schultze-Kraft, diretor de tecnologia da empresa de análise de blockchain Glassnode.
Além disso, os problemas de liquidez do lado do vendedor, que ajudaram na recuperação meteórica do terceiro trimestre, podem persistir, já que 78% de todo o Bitcoin (14,5 milhões de BTC) agora é ilíquido.
“É um quadro potencial de alta para o Bitcoin nos próximos meses, à medida que menos Bitcoins estão disponíveis na rede para serem comprados”, disse Glassnode em um relatório recente.
Métricas de endereços ativos, taxa de hashes, dificuldade de mineração, capitalização de mercado e número de baleias atingiram altas recordes.
Sim, as situações que fundamentam a alta de preço do bitcoin existem e estão cada vez mais evidentes.
Os fundamentos estão cada vez mais fortes e, por isso, não podemos nos deixar influenciar irracionalmente pelas quedas de curto prazo. Historicamente, analisar esse mercado com uma perspectiva de longo prazo tem se mostrado a melhor maneira de se posicionar.
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