Ibovespa Esboço final do acordo de trégua em Gaza é apresentada às partes após “avanço”, diz autoridade
Mediadores entregaram a Israel e ao Hamas um esboço final de um acordo nesta segunda-feira para acabar com a guerra em Gaza, depois de um “avanço” à meia-noite em conversas com a presença de enviados do presidente dos EUA, Joe Biden, e do presidente eleito Donald Trump, disse à Reuters uma autoridade informada sobre as negociações.
Biden disse que um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns que ele havia defendido estava “à beira” de se concretizar e o Hamas disse que estava interessado em chegar a um acordo.
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“O acordo… libertaria os reféns, interromperia os combates, daria segurança a Israel e nos permitiria aumentar significativamente a assistência humanitária aos palestinos que sofreram terrivelmente nessa guerra que o Hamas iniciou”, disse Biden em um discurso para destacar suas realizações na política externa.
A autoridade informada sobre as negociações, que não quer ser identificada, disse que o texto para um cessar-fogo e a libertação de reféns foi debatido em conversas em Doha, que incluíram os chefes das agências de espionagem Mossad e Shin Bet de Israel e o primeiro-ministro do Catar.
Outra rodada de negociações está planejada em Doha na manhã de terça-feira para finalizar os detalhes restantes, com a presença do enviado de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e do enviado de Biden, Brett McGurk, como fizeram na segunda-feira, disse a autoridade.
Uma autoridade israelense disse que as negociações estavam em estágios avançados para a libertação de até 33 reféns como parte do acordo. A delegação do Hamas em Doha emitiu um comunicado após uma reunião com o emir do Catar, xeique Tamim bin Hamad Al-Thani, dizendo que as negociações estavam progredindo bem.
O conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, disse aos repórteres que as negociações estavam em um ponto “crucial”, com as lacunas entre os dois lados sendo lentamente removidas. “Acho que há uma boa chance de fecharmos isso… as partes estão prestes a fechar esse acordo”, disse ele.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que as partes estavam “mais próximas do que nunca” de um acordo, e que a bola estava no campo do Hamas.
“Estamos muito esperançosos de que, finalmente, depois de todo esse tempo, consigamos atingir a linha de chegada”, disse ele à MSNBC, acrescentando que o acordo proposto foi baseado em uma estrutura que Biden apresentou em maio.
Blinken disse que os negociadores queriam ter certeza de que Trump continuaria a apoiar o acordo que está sendo negociado, de modo que a participação de Witkoff tem sido “fundamental”.
A rádio Kan de Israel, citando uma autoridade israelense, informou nesta segunda-feira que as delegações israelense e do Hamas no Catar haviam recebido uma minuta e que a delegação israelense havia informado os líderes israelenses. Israel, o Hamas e o Ministério das Relações Exteriores do Catar não responderam aos pedidos de confirmação ou comentários.
Autoridades de ambos os lados, embora não tenham confirmado que uma minuta final tenha sido alcançada, descreveram o progresso nas negociações.
“A negociação sobre algumas questões centrais avançou e estamos trabalhando para concluir o que resta em breve”, disse uma autoridade do Hamas à Reuters.
O ministro israelense das Relações Exteriores, Gideon Saar, disse aos repórteres: “Há progresso, parece muito melhor do que antes. Quero agradecer aos nossos amigos americanos pelos enormes esforços que estão investindo para garantir um acordo sobre os reféns”.
Estados Unidos, Catar e Egito trabalham há mais de um ano em negociações para pôr fim à guerra em Gaza.
No Cairo, uma autoridade de segurança egípcia disse à Reuters que o rascunho enviado aos dois lados em conflito não inclui o acordo final, mas “visa resolver questões pendentes que impediram negociações anteriores”.
O Canal 12 de Israel disse que órgãos do governo israelense foram instruídos a se prepararem para receber reféns fracos e doentes.
Os lados em conflito têm concordado durante meses com o princípio geral de interromper os combates em troca da libertação dos reféns mantidos pelo Hamas e dos prisioneiros palestinos mantidos por Israel. Mas o Hamas sempre insistiu que um acordo precisa levar a um fim permanente da guerra e à retirada israelense de Gaza, enquanto Israel tem dito que não encerrará a guerra até que o Hamas seja desmantelado.
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