Ernst & Young firma parceria para levar seu blockchain comercial ao mercado chinês
A gigante empresa de consultoria global Ernst & Young (EY) está firmando uma parceria com a Blockchain Service Network (BSN) para expandir seu OpsChain, desenvolvido na Ethereum, ao mercado chinês.
Em anúncio desta sexta-feira, a empresa disse que planeja fornecer seu OpsChain a desenvolvedores na China por meio da rede empresarial Blockchain Open Source (BCOS), operada na rede BSN, controlada pela China, bem como por meio da versão “localizada” (“adaptada”) da Ethereum, que será integrada com a BSN.
O BCOS é um blockchain empresarial de código aberto apresentado pelo Financial Blockchain Shenzhen Consortium (FISCO), um empreendimento conjunto de inúmeras empresas chinesas de tecnologia, incluindo Tencent e Huawei.
Foi integrado à BSN, que é uma infraestrutura centralizada que permite que desenvolvedores desenvolvam aplicativos descentralizados (dapps) tanto em blockchains públicos como permissionados aos quais fornece suporte, como Hyperledger Fabric, Ethereum e Polkadot, dentre outros.
Como a tecnologia Hyperledger Fabric
atrai o interesse comercial para o blockchain
O plano de expansão vem meses após EY ter lançado OpsChain, uma solução de aquisição desenvolvida na Ethereum para empresas, criada para converter acordos de aquisição em contratos autônomos de blockchain.
EY disse que OpsChain será a primeira solução aplicada na BSN e que irá usar a plataforma para completar a integração e implementação do EY Blockchain Analyzer para análises em blockchain e auditorias de declarações financeiras.
“Ao fornecer tanto o BCOS da FISCO e Ethereum, os profissionais da EY irão atender clientes na China e em toda a região Ásia-Pacífico e conectar aqueles usuários ao blockchain global. Considero isso um passo fundamental para unir as maiores economias do mundo pela tecnologia blockchain”, afirmou Paul Brody, líder da Ey Global Blockchain.
Porém, para atender a regulação chinesa com uma política “blockchain, sim” e “cripto, não”, o OpsChain da EY será disponibilizado, de início, em uma versão “localizada” da Ethereum na rede BSN da China, sujeita a aprovação regulatória.
Anteriormente, foi anunciado que a BSN iria localizar 24 blockchains públicos para atender ao ambiente regulatório na China.
Basicamente, essas versões localizadas podem ser consideradas como uma bifurcação (ou “hard fork”) da rede original, mas irá substituir taxas de gás baseadas em cripto — pagas a mineradores para ter transações transmitidas ao blockchain — por yuan chinês para que usuários finais não lidem com criptoativos ao realizarem transações.
Segundo uma publicação dessa segunda-feira (1º), a BSN finalizou a primeira remessa de localização, que é um blockchain COSMOS aberto e permissionado que é operado em paralelo à rede interblockchain da COSMOS.
Claudia Mancini: blockchain nas empresas
não tem nada a ver com Bitcoin