Equatorial (EQTL3): ‘Outro excelente movimento’, vê JP Morgan sobre venda de ativos; veja o que agradou analistas

A Equatorial (EQTL3) deu mais um excelente passo com a venda de seus negócios de transmissão para a canadense CDPQ por até R$ 9,4 bilhões, avalia o JP Morgan. O banco tem recomendação outperform, equivalente à venda, para as ações, com preço-alvo de R$ 42.
Segundo o fato relevante divulgado na sexta-feira (4), a negociação inclui 100% das ações da Equatorial Transmissão S.A., empresa que administra sete linhas de transmissão.
O valor patrimonial dos ativos foi estimado em até R$ 5,19 bilhões, com base no fechamento do primeiro semestre. Já a dívida associada aos ativos de transmissão somava R$ 2,86 bilhões no encerramento de 2024.
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Os analistas Arthur Pereira e Victor Burke citam em relatório três principais pontos positivos envolvendo a operação. O primeiro é a estimativa de um VPL (valor presente líquido) de cerca de R$ 500 milhões, equivalente a 1,5% do valor de mercado, com riscos de alta provenientes de eficiências fiscais (+1,5%).
Além disso, o banco destaca a redução da alavancagem em 0,4 vezes, para 2,9 vezes, o que abre espaço para crescimento da companhia e para dividendos.
Por fim, colocam que o movimento configura mais uma forte evidência do domínio da Equatorial e a implementação de uma estratégia de rotação de ativos bem-vinda.
Desde que adquiriu a Sabesp no ano passado com um lance de R$ 7 bilhões, a Equatorial mencionava que estava avaliando opções para readequar seu portfólio, incluindo a alienação de ativos considerados maduros.
Equatorial é uma das principais escolhas do JP Morgan
O JP Morgan classifica a Equatorial como uma de suas principais escolhas, tendo em vista:
- Exposição atraente ao negócio de distribuição de rápido crescimento, mia de 90% do NAV (valor líquido dos ativos) após a venda, incluindo distribuição de água, segmento favorito do banco dentro do setor;
- Opcionalidade de crescimento na distribuição de água (participação de 15% na Sabesp mais oportunidades inorgânicas);
- Carregamento atraente aliado a riscos de alta provenientes de taxas menores, negociando com um prêmio de risco de capital de 500 pontos base e uma duração de fluxo de caixa superior a 10 anos.