Equatorial (EQTL3) é a combinação de ativo de alta qualidade e bom alocador de capital, avalia Bradesco BBI; hora de comprar?
A Equatorial (EQTL3) é um ativo de alta qualidade e um bom alocador de capital para os investidores, aponta o Bradesco BBI. Após revisar suas estimativas, a casa reitera a recomendação de compra, com um novo preço-alvo para 2025 de R$ 41, ante R$ 43 anteriormente. A ligeira queda se deve a uma taxa de desconto mais alta.
Após a queda do mercado e das ações da Equatorial, o BBI vê o papel sendo negociado a uma TIR (Taxa Interna de Retorno) real atrativa de aproximadamente 13%. Na avaliação dos analistas, a companhia está bem-posicionada para continuar crescendo na distribuição de energia e saneamento no Brasil.
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Os analistas Fracisco Navarrete, do Bradesco BBI, e Ricardo França, da Ágora Investimentos, reconhecem que a alavancagem da companhia é um desafio, contudo, afirmam que, se a oportunidade surgir, a Equatorial provavelmente encontrará um caminho.
Em relação ao saneamento, chamam atenção dos investidores para o leilão de concessão de água/esgoto do Pará, marcado para 11 de abril, que tem uma uma implantação de capex (investimentos) esperada de aproximadamente R$ 20 bilhões.
“Esta área de concessão é a mesma que a distribuidora de energia elétrica CELPA da Equatorial e pode ser vista como uma oportunidade para implantar uma estratégia de “multiutilidade” que a empresa vem estudando na CSA no estado do Amapá. Quanto às oportunidades entre distribuidoras de energia elétrica, embora não seja óbvio, ainda não descartamos a Coelce”, ponderam os analistas.
Revisão das estimativas para Equatorial
As estimativas do Bradesco BBI para a Equatorial incorporam cinco aspectos, dentre eles os resultados da companhia no terceiro trimestre de 2024 e a participação de 15% na Sabesp (SBSP3), que adiciona aproximadamente R$ 8,50 de VPL (Valor Presente Líquido) por ação em 2025, nos cálculos da casa.
Ainda, foram incorporados os dados de volume de vendas para distribuidoras no quarto trimestre de 2024, que estimam aumento de 3% em base anual. Apesar de os dados de outubro reportados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para Equatorial terem sido 6,2% maiores em base anual, os analistas estimam que novembro e dezembro tenham sido mais fracos dada uma alta base de comparação.
A casa considera ainda as previsões macroeconômicas atualizadas, refletindo o ambiente cada vez mais volátil do Brasil, incluindo uma taxa Selic média mais alta que projetam em aproximadamente 13,5% em 2025, cerca de 13% em 2026 e 11% em 2027, juntamente com o aumento da inflação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado).
“E finalmente como este último também tem impacto no cálculo do WACC regulatório, agora modelamos um WACC (Custo Médio Ponderado do Capital) real de longo prazo subindo para 8,30% em 2030 (anteriormente 7,70%), de 7,72% em 2024”, concluem os analistas.