Equatorial diversifica risco com compra da distribuidora gaúcha CEEE-D, diz diretor
A Equatorial Energia (EQTL3) vê a aquisição da distribuidora de eletricidade gaúcha CEEE-D, fechada em leilão nesta quarta-feira (31), como uma “diversificação do risco” em seus negócios, uma vez que a empresa tem perfil bem diferente das demais distribuidoras do grupo, disse um executivo após a licitação.
Com concessionárias de distribuição no Maranhão, Pará, Piauí e Alagoas, a Equatorial foi a única participante do processo competitivo de desestatização da CEEE-D e levou a companhia com uma oferta de 100 mil reais por 65,87% do capital social.
“A gente atua em regiões do Norte, Nordeste, e a região Sul tem uma percepção de risco diferente, a parte de arrecadação é muito mais simples que a gente verifica em nossas concessões. Enfim, um conjunto de fatores levou a gente a ver com bastante atratividade essa concessão”, disse o diretor executivo de Regulação e Novos Negócios da Equatorial, Tinn Amado.
Investimentos
Questionado sobre possíveis planos de aportes de recursos na CEEE-D quando a Equatorial assumir o controle da empresa, o executivo confirmou que esse tema está em estudos.
“Sim, a gente avalia, principalmente para reestruturar a dívida, só que isso vai depender de nossa entrada na concessão para a gente estabelecer qual o melhor momento para isso”, explicou ele, em coletiva de imprensa após o leilão.
O executivo disse ainda que a Equatorial deverá lançar em 30 dias uma oferta pública para aquisição (OPA) de ações detidas pelos demais acionistas da CEEE-D, incluindo a Eletrobras (ELET3; ELET5; ELET6). Essa oferta envolverá 80% do valor pago por ação na desestatização, acrescentou.