Equalização de juros e Plano Safra podem frear (provisoriamente) busca por crédito com Selic mais alta

O novo aumento da taxa Selic em 0,5 ponto percentual nesta semana, em possibilidade bastante consensual do mercado sobre a decisão do Copom, terá um atenuante para os tomadores de crédito rural.

Os produtores devem segurar a busca por dinheiro privado a juros livres no sistema financeiro, num primeiro momento, porque o Tesouro Nacional (TN) foi autorizado a equalizar a taxa de juros do que sobrou do Plano Safra 21/22 e, também, o novo programa nacional de recursos subsidiados à agricultura está para ser anunciado.

Em relação à equalização, Gustavo Soares, supervisor de Agronegócio do Banco Sicoob, vê as taxas atrativas.

O remanejamento será sobre R$ 1,1 bilhão que estavam represados desde fevereiro.

Quanto ao novo Plano Safra 22/23, cujo anúncio está atrasado, o que está previsto nas contas do Ministério da Agricultura (Mapa) – R$ 330 bilhões e R$ 23 bilhões de recursos do TN para equalização de juros -, Soares acredita que será insuficiente para cobrir as necessidades da agricultura.

Mas, de certo modo, até que seja conhecido oficialmente, para valer a partir de 1º de julho, pode frear a busca por recursos dos bancos.

Como também diz o empresário Romário Alves, CEO da rede Sonhagro, casa intermediadora de financiamento para os produtores, “existe uma demanda muito grande aguardando os recursos com taxas menores”.

 

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