Entrega de novo destroyer dos EUA está seis anos atrasada
O primeiro dos três novos destroyers da Marinha dos Estados Unidos será entregue com capacidade total de combate apenas no primeiro trimestre do próximo ano, outro revés em um programa de US$ 23 bilhões que já leva seis anos de atraso.
O atraso do primeiro contratorpedeiro, não revelado anteriormente, foi confirmado por Colleen O’Rourke, porta-voz da Marinha dos EUA, por e-mail.
O USS Zumwalt, orçado em US$ 7,8 bilhões, deveria ter atingido plena capacidade de combate no mês passado, o que já seria um atraso de mais de cinco anos em relação ao cronograma original e 10 anos após o início da construção.
“Embora os testes do sistema de combate tenham avançado significativamente, o Zumwalt continua trabalhando nos desafios de integração e testes de bordo de primeira classe”, disse O’Rourke em comunicado.
O novo atraso na entrega final do contratorpedeiro, designado DDG-1000, levanta questões sobre a capacidade da Marinha dos EUA de construir, equipar e entregar embarcações no prazo e dentro das metas de custo.
O serviço busca apoio público e do Congresso para os planos de alcançar uma frota de 355 navios até 2034, acima dos 290 atuais. Uma meta que seria antecipada em 20 anos em relação ao prazo divulgado no ano passado.
A Marinha dos EUA classifica a nova classe de contratorpedeiro como o “maior e mais tecnologicamente avançado combatente de superfície do mundo”.
Mesmo com o novo atraso, a Marinha americana ainda calcula que o navio terá “capacidade operacional inicial” em setembro de 2021, disse O’Rourke, um atraso de três anos em relação ao planejado.
O custo de aquisição do programa continua subindo – em US$ 160 milhões no ano fiscal de 2020, o 11º ano consecutivo de aumentos.
O estouro do orçamento já ultrapassa US$ 4 bilhões desde 2010. O custo básico para a aquisição dos três navios agora planejados aumentou para pouco mais de US$ 13,2 bilhões, segundo documentos orçamentários e do Serviço de Pesquisa do Congresso. O programa de US$ 23 bilhões também inclui cerca de US$ 10 bilhões em pesquisa e desenvolvimento.