Entre Chicago e o câmbio, a “escolha de Sofia” do exportador de grão
Chicago em alta e dólar em baixa não funciona para o produtor e exportador brasileiro de grãos. Na conversão da cotação para reais, a valorização das commodities não chega para eles.
Se estiverem bem calçados, tendo travado bem seus custos lá atrás, é outra coisa. Mas isso não deve ter sido regra, porque os insumos já vinham em elevação regular em 2021, e os preços futuros já indicavam uma boa safra de soja, por exemplo.
Com algum exagero, parece a “escolha de Sofia”, a expressão que populariza a pressão de tomar uma decisão com sacrifício.
Terça, o dólar fechou em R$ 4,93, recuando mais 2,15%, com alívio do cenário externo desde o início da semana, e a soja de julho na bolsa de mercadorias subiu 1,30%, a R$ 16,78 o bushel.
No porto, inclusive, a saca perdeu o suporte de R$ 198 que era a média da semana passada, e nas entregas mais próximas esteve em R$ 196.
Nesse momento, às 8 horas (Brasília), a oleaginosa está em relativa estabilidade, em US$ 16,77, e o mercado aguarda a evolução do câmbio.
Segue as incertezas climáticas sobre o desenvolvimento das plantações nos Estados Unidos – também sobre o milho, especialmente, mais atrasado -, e a demanda chinesa na expectativa de fluir mais.
Dificilmente o real se valorize a ponto de passar a valer R$ 4,90, segundo algumas análises, mas mesmo mantendo esse patamar atual o efeito da soja brasileira mais barata só poderia ser anulado com aceleração das cotações, que viesse com a combinação de problemas na safra americana e disparada das compras chinesas.
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