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Entre boi a termo e próprio frigoríficos dão conta do recado e só compram com liquidação

09 nov 2022, 10:18 - atualizado em 09 nov 2022, 16:04
BOI
Boi de curral dá conta das necessidades dos grandes frigoríficos (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Os grandes frigoríficos não têm pressa nenhuma para comprar boi.

O que entra de contratos a termo e dos próprios confinamentos é o suficiente para dar conta dos mercados interno e do externo, principalmente.

Na medida em que o animal cuja carne vai para China e outros destinos mais exigentes está alinhado com o boi que fica no Brasil em cerca de R$ 280, como tem visto o produtor Juca Alves no Norte de São Paulo, o sinal de temores aumenta.

As grandes indústrias estão programadas até entre dia 20 e 25 de novembro e abatendo abaixo da capacidade, no limite das necessidades.

Se tiver oferta abaixo, até compram para formar estoques. Caso de vaca a R$ 265 ou R$ 270, diz o pecuarista da Barretos.

Frigoríficos menores estão mais apertados, mas não fazem mercado, isto é, não formam preços.

“O curioso que a gente viu a carne subindo nos supermercados”, completa Alves.

Na verdade, como demonstra a consultoria Agrifatto, há uma recomposição de margens do atacado e varejo, pressionados pelos abatedouros, mesmo estes pagando menos pelo boi.

Ontem, terça, viu-se nova queda na referência da Scot Consultoria, com preço mínimo até R$ 13 abaixo do patamar de R$ 280, enquanto o indicador do boi gordo Cepea/Esalq caiu também, e ficou próximo daquela faixa, em R$ 283.

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