Entre as balas de Putin, a caneta do presidente argentino dispara o complexo soja
A semana passada fechou com a notícia de novo aumento de impostos sobre as exportações de derivados de soja na Argentina, um motivo a mais para todo o complexo da oleaginosa abrir esta segunda (21) em fortes altas.
Na tentativa de limitar as exportações de óleo e farelo, o governo de Alberto Fernández cobrará mais 2% de retenciones, que agora vão a 33% – a mesma tarifa do grão – abrindo a possibilidade de encurtamento da oferta mundial.
A Argentina é o maior exportador mundial de derivados de soja, arranhando preocupações adicionais em um cenário de menor oferta da commodity com as menores safras da América do Sul, notadamente a brasileira.
Dito isso, em Chicago as cotações testam uma disparada às 8h40 (Brasília), com a óleo a mais 2,34%, US$ 73,98, o farelo acima de 1,08%, US$ 482,20, e a soja avançando 1,22%, US$ 16,88, todos nos contrato para liquidação futura em maio.
Em paralelo, prossegue as batalhas na Ucrânia, em ritmo mais mortal, sem perspectivas firmes nas negociações de paz, trazendo o petróleo, o trigo e o milho para cima, com a soja também pegando carona.