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Entrada da Itapemirim mexe com os preços das passagens do setor aéreo

01 set 2021, 14:31 - atualizado em 01 set 2021, 14:33
Itapemirim
O primeiro voo da Itapemirim ocorreu no dia 30 de junho

A entrada de mais uma empresa no setor aéreo, a Itapemirim, pode frear a recuperação dos preços das passagens aéreas, afirma a Ativa Investimentos em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times.

Segundo o analista Ilan Arbetman, a Itapemirim entrou no mercado com uma estratégia high cost low fare, “que acreditamos não ser sustentável a longo prazo. Porém, a entrada de mais um competidor acirrou a disputa por preços no segundo trimestre se assim continuar, o ambiente mercadológico pode seguir por mais algum tempo sendo destrutivo em termos de valor para as margens de todas as companhias aéreas brasileiras”, afirma.

O primeiro voo da Itapemirim ocorreu no dia 30 de junho. A empresa chegou com uma proposta de oferecer passagens mais baratas e com diferenciais, como maior espaço entre poltronas.

Segundo semestre deve ser melhor para a Azul

De acordo com a Ativa, o segundo semestre guarda melhores oportunidades para a Azul (AZUL4).

“Possuímos expectativas mais favoráveis para a companhia ao longo do segundo semestre, ancorados no avanço do ritmo de vacinação no Brasil e na melhora operacional e financeira demonstrada pela companhia, que segue adicionando capacidade enquanto evolui em métricas de rentabilidade”, afirma. 

Além disso, o analista também não descarta uma possível fusão com a Latam, “movimento não materializado em nosso modelo, mas acreditamos ser benéfico para a adição de valor às ações da companhia”.

A Ativa tem recomendação de compra para os papéis da Azul, com preço-alvo de R$ 46.

Voos podem retornar até junho de 2022

As empresas aéreas esperam retomar no primeiro semestre de 2022 toda a malha aérea existente no Brasil antes da pandemia do novo coronavírus.

Para isso, contam com a vacinação ampla da população. Por outro lado, avaliam que voos internacionais continuarão afetados por questões sanitárias.

As perspectivas para o setor foram apresentadas pelo presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, nesta quarta-feira (25), em audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

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