Entidades da América Latina instalam comitê de prevenção à peste suína africana
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e outras 21 organizações de 18 países da América Latina instalaram um comitê continental para debater estratégias de prevenção à peste suína africana na região, depois do registro de focos da doença na República Dominicana.
Em comunicado publicado nesta terça-feira, a ABPA disse que o comitê, instalado na véspera, já realizou um levantamento de ações regionais e estabeleceu um trabalho para o fortalecimento da defesa sanitária no continente.
O comitê pretende lançar em breve uma campanha interpaíses para a conscientização da comunidade e setores econômicos sobre a importância dos cuidados preventivos no combate à peste suína africana, em movimento que terá ações junto a produtores, sociedade e líderes governamentais dos países envolvidos.
“A ação reforça o trabalho que já está em curso no Brasil, em uma articulação ampla para evitar que a situação alcance a parte continental das Américas”, disse em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
“Empregos e a garantia de fornecimento de alimentos estão em jogo, em um momento em que a oferta de alimentos é estratégica para as nações. Unificando esforços, seremos mais efetivos para monitorar problemas e riscos, e contribuir para rápidas soluções bilaterais ou em bloco”, acrescentou.
A peste suína africana não afeta humanos, mas é mortal para porcos. Uma epidemia da doença na China dizimou o rebanho de suínos do país, o maior do mundo, desde meados de 2018. Além disso, países com registros da doença costumam ter exportações da proteína bloqueadas por diversas nações.