Economia

Entidades comemoram sucesso de leilão de petróleo

10 out 2019, 20:43 - atualizado em 10 out 2019, 20:43
Das 17 empresas inscritas na 16ª Rodada de Licitações, 11 apresentaram propostas e 10 acabaram vencedoras (Imagem: Dado Galdieri/Bloomberg)

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) comemoraram o resultado da 16ª Rodada de Licitações sob o regime de concessão dos blocos de exploração de petróleo e gás nas bacias de Campos e Santos, realizado nesta quarta-feira (10).

O leilão foi organizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e arrecadou R$ 8,9 bilhões em bônus de assinatura, valor recorde no Brasil para leilões de exploração e produção de petróleo e gás sob o regime de concessão.

Das 17 empresas inscritas na 16ª Rodada de Licitações, 11 apresentaram propostas e 10 acabaram vencedoras. Foram arrematados 12 dos 36 blocos oferecidos, e, mesmo assim, o leilão obteve ágio de 322%.

Segundo a CNI, o resultado “confirma o grande interesse da iniciativa privada em investir nas oportunidades do pós-sal”.

“Os investimentos que serão feitos pelas empresas na exploração das áreas arrematadas contribuirão para o fortalecimento da indústria de petróleo e gás, a recuperação da atividade econômica, a criação de empregos e a geração de negócios no setor”, disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

“A entrada de novos agentes na área favorece a competição e trará resultados positivos para a produção e a redução dos preços para o consumidor.”

A CNI informou que a expectativa da indústria é grande em relação aos dois próximos leilões, marcados para o início de novembro. Segundo a entidade, vultosos investimentos são esperados, abrindo novas oportunidades para a iniciativa privada ampliar a participação na exploração e na produção de petróleo e geração de empregos.

“Espera-se que a regularidade dos leilões crie um ambiente de negócios com mais estabilidade, consolidando o país como um dos principais destinos de investimentos estrangeiros no setor”, disse a entidade.

De acordo com a Firjan, para o mercado, os reflexos do leilão ocorrem primeiro na fase de exploração, com oportunidades voltadas às atividades de levantamento e processamento de dados geofísico (Imagem: Pixabay)

A Firjan avaliou que o leilão de blocos exploratórios reforçou a disposição do governo brasileiro com o cumprimento do calendário regular de leilões. “A constância dos leilões é fator chave para que o Brasil garanta sua atratividade no cenário mundial. É a partir do arremate das áreas que a indústria pode iniciar seu planejamento de investimentos”, disse a entidade por meio de nota.

De acordo com a Firjan, para o mercado, os reflexos do leilão ocorrem primeiro na fase de exploração, com oportunidades voltadas às atividades de levantamento e processamento de dados geofísico; perfuração, perfilagem, cimentação e completação de poços; estudos sísmicos; e afretamento e operação de embarcações especiais (sondas e apoio marítimo).

“Com o avanço para a fase de desenvolvimento e produção, há um aumento do potencial de investimentos, gerando mais demanda para a indústria com bens e serviços, assim como arrecadações de participações governamentais e a criação de novos postos de trabalho e renda para a sociedade”.

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