Entenda por que analistas estão impressionados com Méliuz
Uma das novatas da Bolsa tem sido vista com bons olhos pelos analistas. Pioneira no mercado de cashback no Brasil, a Méliuz (CASH3) conta com uma equipe que, somada à cultura e ao modelo de negócios da empresa, impressiona o BTG Pactual (BPAC11).
“É por isso que é uma das nossas top picks para 2020 e está presente no nosso portfólio de small caps. Estamos realmente inspirados com seu empreendedorismo e sua forte cultura”, afirmaram os analistas Eduardo Rosman e Thomas Peredo.
O BTG liberou um novo relatório sobre a companhia pouco tempo depois de ter iniciado a cobertura das ações (recomendação de compra e preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 18). O banco quis reforçar sua visão positiva sobre o papel, que chegou a valorizar 180% desde a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), que aconteceu em novembro do ano passado.
Israel Salmen, CEO e fundador da Méliuz, concedeu uma entrevista ao site NeoFeed em que esclarece os planos futuros da companhia para os negócios – especialmente no que diz respeito a serviços financeiros.
Com base em uma estrutura de parceria, a Méliuz está focada em expandir seu portfólio de produtos financeiros na plataforma. A empresa lançou em 2019 um cartão de crédito junto com o Banco Pan (BPAN4), e agora planeja oferecer crédito pessoal/consignado e seguros por meio de parcerias com players que atuam nessas áreas, como Creditas e Porto Seguro (PSSA3).
A Méliuz ganhará tração dentro de um mercado formado pelas maiores fintechs do momento: Nubank e Inter (BIDI4;BIDI11). Mas o objetivo da companhia não é competir com eles.
Grande espaço para crescer
A Méliuz encerrou o ano de 2020 com um avanço anual de 152% na base de usuários ativos, para 5,3 milhões. O número de novas contas chegou a 5 milhões, alta de 96% em comparação a 2019, enquanto o GMV (Volume Bruto de Mercadorias) subiu 51% e superou R$ 2,5 bilhões.
Esses são ótimos números para a Méliuz, uma vez que comprovam que a empresa tem conseguido manter o ritmo de crescimento conforme explora novas áreas de atuação.
Mas a Méliuz é ambiciosa e acredita que pode crescer mais, considerando que a penetração do e-commerce (e de cashback) no Brasil é baixa em comparação a outros países, como os Estados Unidos.
“Espera-se que o mercado cresça muito, o que significa que mais players vão surgir nesse mercado incipiente”, comentaram Rosman e Peredo.
Fusões e aquisições são drivers de crescimento para a Méliuz, que quer comprar startups que, como ela, oferecem funcionalidades diferenciadas para alavancar os negócios das empresas parceiras.