Entenda por que a alavancagem é tão arriscada na Bolsa de Valores
“There is only three ways a smart person can go broke: liquor, ladies and leverage.”
Charlie Munger
O episódio #54 com Octávio Magalhães é uma aula magna de MBA em sobrevivência no mercado de ações. O episódio me inspirou a falar de um assunto extremamente importante para todo investidor: alavancagem.
A alavancagem não só quebrou o Octávio quando ele tinha 18 anos, como também quebrou a Sadia antes dela ser adquirida pela Perdigão, empresa que combinada deu origem à Brasil Foods ou BRF.
A história da quebra da Sadia foi retratada de forma brilhante neste texto da revista Piauí.
A fusão das duas maiores empresas de alimentos do Brasil foi tão emblemática e, no papel, parecia tão boa, que a Guepardo chegou a ter 35% da sua carteira de ações investida somente na BRF.
Apesar da alta convicção, o investimento deu completamente errado e a alavancagem deteriorou ainda mais os fundamentos da companhia.
Como no mercado financeiro quando se perde dinheiro, ganha experiência, o maior erro da história da Guepardo também deu origem ao seu maior aprendizado: nunca mais concentrar a carteira em uma empresa alavancada.
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À grosso modo, alavancagem é quando você pega um dinheiro que não é seu e usa ele para alguma coisa. Uma pessoa pode se alavancar de diversas formas: por exemplo, pegando dinheiro ‘emprestado’ da corretora para comprar ações.
No mundo corporativo, uma empresa pode tomar dívida com banco e utilizar o dinheiro para diversos fins: montar uma fábrica, comprar máquinas, contratar pessoas, desenvolver um software. Qualquer coisa. Ela pode até mesmo tomar dinheiro do banco para recomprar as próprias ações se quiser.
E por que é tão arriscado investir em uma empresa alavancada?
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