América Latina

Entenda a Petro, criptomoeda que pode dar US$ 2 bi à Venezuela

20 fev 2018, 20:27 - atualizado em 20 fev 2018, 20:32

A Venezuela liberou nesta terça-feira (20) a venda de sua criptomoeda Petro (PTR), atrelada ao petróleo. A ideia é que a moeda digital possa auxiliar em transações financeiras em meio às sanções impostas por Estados Unidos e União Europeia à combalida economia venezuelana.

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O tráfego no site criado pelo governo venezuelano para orientar os interessados em comprar a criptomoeda quintuplicou nesta terça-feira. A Petro teria como lastro 5,342 bilhões de barris das reservas de petróleo do país, além de metais preciosos.

Serão emitidos um total de 100 milhões de Petros que podem gerar um valor total de US$ 6 bilhões – o preço inicial da Petro foi fixado em US$ 60. O governo do país se compromete a não realizar novas emissões do ativo. Do montante, 82,4 milhões serão ofertados e o restante (17,6 milhões) ficará com o governo. Por enquanto ocorre uma pré-venda de 44 milhões de Petros até o dia 20 de março. Depois haverá uma oferta pública inicial de 38,4 milhões de Petros.

De acordo com o governo, os fundos levantados na oferta inicial permitirão o desenvolvimento tecnológico (15%) contínuo do Petro e seu ecossistema (15%), a fim de promover a sua adoção maciça e do “Projeto Petro”. O destino dos fundos será auditável graças à transparência de contratos inteligentes no blockchain, diz o whitepaper. Mais da metade do valor arrecadado (55%) irá para um Fundo Soberano. Considerando o valor inicial de US$ 60, a Venezuela poderá arrecadar até US$ 2,719 bilhões.

“A Superintendência dos Criptoativos da Venezuela anunciou que hoje começará a pré-venda de tokens do criptoativo El Petro, que terá o valor de um barril de petróleo da cesta venezuelana”, diz mensagem divulgada no Twitter desta recém-criada instituição.

Segundo o último relatório da agência de risco Moody’s Investor Service, a Venezuela, que entrou em moratória em novembro, deve cerca de US$ 141 bilhões a detentores de títulos, petrolíferas, empresas aéreas, China, Rússia, dentre outros credores.

Brasil

A crise na Venezuela tem estimulado o fluxo migratório ao Brasil. Apesar de não existir um controle na região de fronteira, o senador Romero Jucá estima que haja entre 40 mil e 70 mil venezuelanos apenas em Boa Vista, número que representa mais de 15% de sua população.

Whitepaper

Segundo o whitepaper (veja abaixo) do ativo venezuelano, “com a Petro, a Venezuela aspira se tornar o líder global de uma iniciativa econômica que permite o uso do valor de seus recursos minerais de forma inovadora, desenvolvendo e promovendo a adoção de uma criptomoeda no país”.

Ainda de acordo com o documento, a Venezuela garante que aceitará a Petro como uma forma de pagamento de impostos, taxas, contribuições e serviços públicos nacionais, tomando como referência o preço do barril da “cesta venezuelana 18” do dia anterior com um desconto percentual igual a 10%. “Desta forma, garante-se que o comprador tenha sempre um valor de recuperação ajustado ao de seu investimento”, explica.

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